quarta-feira, 28 de maio de 2014

O PECADO



O PECADO DE ADÃO E SUA POSTERIDADE

Observando que o pecado é universal entre os homens e que ele tem sido uma trágica realidade através da história humana, alguém é induzido a perguntar concernente a origem do pecado e a maneira pela qual os homens se tornaram pecadores.
O pecado teve uma origem definida. Diferente de Deus, o pecado não existe desde a eternidade. Houve um tempo em que não havia pecado. Houve um tempo em que todas as criaturas viveram em perfeita obediência ao Criador. Houve um tempo em que a vontade de Deus “era obedecida na terra, como é no céu.
O pecado teve o seu princípio entre os homens na desobediência do primeiro homem e mulher. A razão do porque todos os homens nascem pecadores é porque existe uma relação definida entre o pecado de Adão e sua posteridade.


I.              O Pecado do Primeiro Homem



O primeiro pecado humano ocorreu quando Adão e Eva se revoltaram contra Deus. Eles desobedeceram Seu mandamento de que não deveriam comer de determinada árvore localizada no Jardim do Eden..
O comando específico de Deus que Adão desobedeceu está registrado nos seguintes versos: “E o Senhor ordenou ao homem dizendo: de toda árvore do jardim poderás livremente comer, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, tu não comerás: pois no dia em que dela comerdes certamente morrerás.” (Gênesis 2: 16, 17).
O acontecimento histórico do primeiro pecado do homem está registrado no terceiro capítulo de Gênesis. “Agora a serpente era a mais sutil de todas as bestas do campo que o Senhor Deus criou. E ela disse à mulher, Ora, Deus disse, vós não comereis de toda a árvore do jardim? E a mulher disse a serpente, Nós podemos comer do fruto das árvores do jardim: mas o fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus, Não comereis dele, nem o tocareis, pois morrereis.  E a serpente disse para a mulher, Certamente não morrereis: porque Deus sabe que no dia em que comeres dela, então os seus olhos se abrirão, e sereis como deuses, conhecendo o bem e o mal. E quando a mulher viu que a árvore era boa para se comer, e agradável à vista, e a árvore poderia trazer sabedoria, ela tomou o seu fruto, e comeu, e deu para seu marido; e ele comeu. E os olhos de ambos foram abertos, e eles souberam que estavam nus; e eles colheram folhas de figueira, e fizeram para si coberturas. E eles ouviram a voz do Senhor Deus que caminhava pelo jardim na viração do dia: e Adão e sua mulher esconderam-se da presença do Senhor por entre as árvores do jardim.”( Gên. 3: 1- 8)
A provação de Adão e Eva é um evento histórico. É uma história verdadeira; ela realmente aconteceu. Não é meramente uma alegoria, lenda ou fábula. Adão e Eva foram realmente pessoas. Eles viveram num Jardim real. Eles pecaram comendo do fruto de uma árvore real.

II.            O Propósito da Provação de Adão


Alguém poderia perguntar: “Porque Deus colocou a árvore proibida no jardim? Qual era seu propósito? Deus queira que Adão pecasse? Não foi Deus indiretamente o responsável pelo pecado de Adão?”

De nenhuma forma Deus foi responsável pelo pecado de Adão. Ele permitiu que isto acontecesse, mas não compartilhou da culpa. Deus não peca, nem tenta o homem ao pecado. Deus prova os homens para revelar o caráter (Gênesis 22: 1) e para desenvolver suas virtudes. (Tiago 1:2- 4), mas Deus não tenta os homens com o fim de atraí-los  ao pecado.  A indução do homem ao pecado não se originou em Deus. “Nenhum homem diga quando for tentado, de Deus sou tentado: pois Deus não pode ser tentado pelo mal, nem tenta qualquer homem.”(Tiago 1: 13).
Deus pôs a árvore do conhecimento do bem e do mal no jardim com uma ordem específica de que o homem não deveria comer dela porque o primeiro homem e mulher necessitariam de ser provados. Havia necessidade de pô-los à prova. Os recém progenitores ancestrais da raça humana precisavam ser colocados numa situação de forma que suas naturezas interiores pudessem ser manifestas. Criado à imagem de Deus, o homem tinha liberdade de escolha. Ele tinha o poder para tomar decisões. Se o homem houvesse sido criado como um robô, ele poderia viver em obediência a Deus mecanicamente sem qualquer escolha da matéria. A Deus é mais agradável porém, que voluntariamente o homem escolha amar, adorar e obedecê-Lo. Deus que a eternidade populacionada com uma raça de homens os quais voluntariamente escolham viver por Sua glória.

A “inclinação do homem era para com Deus, mas visto que  ele tinha  o poder de decisão para escolha contraria , ele poderia estar confirmado nesta inclinação somente pela escolha deliberada diante da possibilidade de opção contrária.” ( Thiessen, op. Cit., pág 248).
Deus não quis que Adão pecasse. Ele não quis que ele comesse do fruto da árvore priobida. Ele desejou que o homem voluntariamente escolhesse viver em submissão à Sua autoridade e em obediência à Sua vontade.

III.           Natureza do Primeiro Pecado Humano

Adão teve unicamente uma tentação.  Seria necessário  somente uma doença para se estar doente; Adão necessitou de cometer apenas um pecado para ser um pecador. Uma prova foi suficiente para revelar a natureza interior do primeiro homem.
A palavra “tentação” traz dois significados. Primeiro de tudo, uma tentação é o que induz  ou seduz alguém ao pecado pela promessa de um prazer ou ganho. Segundo, a tentação é uma prova ou triagem para qual ela tem o propósito de desenvolver ou revelar virtude.
Qualquer objeto,  pessoa, ou situação que possa servir de indução para violação dos padrões de justiça de Deus seria uma tentação.
Ser tentado ao pecado não é o próprio pecado em si. O pecado é o ato ceder à tentação.   

Alguém peca quando se entrega, responde, cede e consente em pecar. “Todo homem é tentado, quando atraído e engodado por seu desejo. Então o desejo tendo sido concebido, dá a luz ao pecado, e sendo consumado, produz a morte.” (Tiago 1: 14, 15). O homem é seduzido a pecar pelas promessas de ganho e prazer. Os três aspectos aos quais a tentação recorre em fazer com que a mente carnal está descrita como “o desejo da carne, e o desejo dos olhos, e o orgulho da vida”(1 João 2: 16). A árvore era boa para mantimento ( a cobiça da carne); era agradável aos olhos ( a cobiça dos olhos) era desejada para tornar sábio ( o orgulho da vida).

A natureza do pecado de Adão e Eva foi uma revolta contra Deus. Foi uma inclinação interior de suas vontades longe de Deus. Foi a confirmação do ego em antagonismo a Deus. O leitor é referenciado à seção sobre “A essência do pecado” para maiores detalhes considerando a revolta do homem para com Deus. É importante notar que o pecado de Adão foi duplo. Ele tinha um aspecto interior e outro exterior. Houve algo que Adão fez e algo em que se tornou. O que ele se tornou resultou do que ele fez. Adão pecou interiormente antes de pecar exteriormente. Ele se revoltou contra Deus em sua mente e coração e vontade ao cometer o ato da desobediência exterior. O ato externo de comer do fruto proibido foi uma revelação de sua revolta interior contra Deus. 

IV.          A Imputação do Pecado de Adão

A culpa do pecado de Adão foi imputada a todo membro da raça humana. Portanto, cada pessoa, nasce como pecador, sob condenação e em necessidade de salvação. O pecado que é imputado a toda a raça humana não foi meramente o ato exterior de Adão em comer do fruto proibido. O ato  individual de pecado exterior não pode ser imputado de uma geração para outra. Aquele pecado de Adão que está sobre todo o homem é a revolta original da raça humana contra Deus. Esta revolta original revelou-se no ato de pecado de Adão. Adão já tinha pecado antes de ter o fruto em sua boca. Seu ato exterior de comer do fruto proibida foi uma revelação do pecado em sua natureza interior.

Portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e a morte pelo pecado, então a morte passou a todos os homens, pois todos pecaram” ( Romanos 5: 12). “Pela ofensa de um muitos morrem” (Romanos 5: 15). “O julgamento foi de uma falha para condenação.” ( Romanos 5: 16). “Pela ofensa de um homem a morte reinou” (Romanos 5: 17). “Pela ofensa de um o julgamento veio sobre todos os homens para condenação” ( Romanos 5: 18). “Pela desobediência de um homem muitos foram feitos pecadores” (Romanos 5: 19).

O pecado de Adão e Eva fez de todos seus descendentes pecadores.  Como Levi estava em Abraão e pagou os dízimos a Melquisedeque (Hebreus 7: 9, 10), assim todo homem estava em Adão e participou do primeiro pecado humano. Todo o homem está devedor com a culpa  e pena do pecado original que cometeu em Adão. Portanto, todos os homens são nascidos como pecadores e tem necessidade de salvação.
Somado à vida física, todo indivíduo recebe duas coisas de Adão. Primeiro, ele herda a natureza pecaminosa transmitida. Ele nasce com uma natureza anti-Deus, egoísta e corrupta. Isto está designado na Bíblia como a “mente carnal”, “velho homem”, e “a carne”. Isto está na natureza interior e produz os atos de pecado. Futuramente daremos atenção a este tema no próximo capítulo. O segundo fato que todas as pessoas recebem de Adão é a culpa imputada pelo pecado original da raça humana.

O que significa imputação? Imputação pode ser definida como a transferência para alguém com base legal para este procedimento. Imputar é computar, contar, creditar, ou deixar sobrea a responsabilidade de alguém. Paulo ilustrou o significado da imputação quando escreveu para Filemon. Ele disse a Filemon que se Onesimo, o escravo convertido, houvesse errado ou lhe devesse algo deveria por na conta de Paulo. (Filemon18). Imputação está associada com três maiores doutrinas  da Bíblia.  Está envolvida na doutrina do pecado, o sacrifício de Cristo e a justificação pela fé. O pecado de Adão é imputado a toda a raça humana. O pecado dos crentes são imputados a Cristo pelo sacrifício. Como uma base para justificação, a justiça de Cristo é imputada ao crente..

Como pode Deus simplesmente imputar o pecado de Adão a toda a raça humana?  ª H. Strong responde esta pergunta nas próximas palavras: “ Deus imputou o pecado de Adão imediatamente a toda a sua posteridade, em função de que a unidade orgânica da humanidade que existente em toda a raça humana desde a ocasião da transgressão de Adão, não individualmente, mas embrionário, nele como o cabeça. A vida total da raça humana estava em Adão; a raça veio a ter existência por ele. Sua essência ainda não estava individualizada, as suas forças não estavam distribuidas; os poderes que hoje existem em homens separados estavam unificados e localizados em Adão; a vontade de Adão ainda era a vontade das espécies. No ato de expontâneo de Adão, a vontade da raça revoltou-se contra Deus e a natureza da própria raça corrompeu-se.
A natureza a qual nós possuímos agora, é a mesma natureza corrupta em Adão- “não meramente da mesma espécie, mas o mesmo decorre conosco continuamente oriundo dele.”
O pecado de Adão é imputado a nós imediatamente, contudo, não como algo estranho a nós, mas porque é de nós. (Strong. Op. Cit., pag. 619, 620).
Adão e sua posteridade são um. Existe uma unidade de natureza orgânica entre Adão e seus descendentes. Adão não foi simplesmente o cabeça representativo da raça humana; ele era a raça humana. A completa raça humana existiu em Adão, seu cabeça natural.

A justiça de Cristo é imputada ao crente porque Ele se fez um com a humanidade. O pecado de Adão é imputado a todos os homens porque todos os homens são um em Adão.
Todo homem nasce como pecador. Sua “pecaminosidade” não depende inteiramente de seus atos  pessoais em pecado. A Bíblia ensina que uma pessoa é um pecador inclusive antes de cometer qualquer ato de pecado ou mesmo antes sua natureza de pecado herdada ter tido a oportunidade de expressar-se. Todo homem nasce como pecador pela sua participação no pecado original da raça humana em Adão.
Para provar que todo homem nasce pecador antes de cometer qualquer ato pessoal de pecado, Paulo refere-se ao período de tempo entre Adão e Moisés. Ele escreveu: “Pois antes da lei estava o pecado no mundo: mas o pecado não é imputado quando não existe lei. 

Contudo a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre os que pecaram depois à semelhança da transgressão de Adão, que foi figura do que estava por vir”  (Romanos  5: 13, 14). Os pecados dos homens vivendo entre Adão e Moisés não foram transgressões de uma lei divina externa, assim como foi dada a Adão. Estes homens não pecaram “de forma semelhante da transgressão de Adão”. Eles não estavam no Jardim do Eden cada qual passando por provação. “A morte reinou de Adão até Moisés” porque todos os homens nascem pecadores e imputados da culpa do pecado original de Adão.

sábado, 17 de maio de 2014

EQUIVOCOS SOBRE A LEI



EQUIVOCOS  SOBRE A LEI

Quando a Igreja do segundo e do terceiro seculos comecaram a distanciar-se de suas raízes judaicas; equívocos surgiram sobre os aspectos da lei de D-us, a Torah. Isso se deu pela ampla influencia da filosofia grega e ideias dos pagãos.



A BONDADE DA LEI

O primeiro erro existiu em relação a inerente bondade da lei. Os gregos somente tinham um termo para a palavra lei que era tendencioso para o negativo e bloqueava qualquer habilidade de convencimento sobre a profundidade do conceito judaico da Torah. Para entender a causa deste erro e’ necessário examinar a vasta diferença entre o conceito grego sobre lei (nomos) e a amada Torah dos judeus.

A mente hebraica entende que o propósito primário da Torah ‘e ensinar a humanidade em como atingir a marca da vida em oposição ao cometer-se pecado, o que seria perder a marca.
Mas em função da língua grega apresentar apenas um termo para lei quando se fala da lei de “D-us”, lei do”pecado”, lei do “espírito de vida”, ou lei de “Cristo”, fica frequentemente dificil determinar de que lei se fala no Novo Testamento.

Em ambos, na cultura babilônica da língua aramaica e na estrutura helenística do grego, a palavra “lei” tem uma conotação negativa, o que esta’ em oposição para com a imagem positiva projetada pela palavra hebraica Torah.

A palavra aramaica para lei (dath) acabou por tomar uma injusta imagem, como a  historia que conta sobre um juiz que corrige um julgamento errado dobrando a lei,  a fim de fazer uma decisão mais justa.
Demonstrando que a lei nunca seria flexível, o povo da Babilonia esfolou o tal juiz, arrancou sua pele e a usou para cobrir seu assento para relembrar ao próximo juiz que não se negocia com a lei.

A LEI E A GRACA

A segunda confusão de interpretação e’ que a a lei e a graça são opostas e a Torah foi substituída pela era da graça. Uma vez que se entende a Torah sob a perspectiva judaica, como instrução de D-us, esse erro acaba por ficar evidente.






Essa teoria foi amostrada primeiramente por aqueles que adotavam a visão dos pagãos que os judeus seriam salvos pelas obras, enquanto que a “igreja” seria salva pela fe’. Muitos gentios da época misturavam ideias gnósticas com sua teologia crista e concluiam que o D-us dos judeus era rude e legalista em contra posição ao D-us de amor descrito no Novo Testamento. 
A congregacao original judaica entendia o D-us de Israel como sendo único na eternidade e imutável, tendo um único plano de salvação em ambos os testamentos, um plano que envolvia a fe' no Messias.

Um dos exemplos que eu gosto de citar faz referencia a mulher pega num ato de adulterio e levada a Yeshua por conhecedores da lei a fim de que fosse apedrejada. Isso esta’ escrito no livro de Joao. Ali eu vejo clara aplicação da graça como um perdao não merecido e a clara evidencia de que alei existe e não deve ser transgredida. Yeshua se vira pra mulher e diz: “...nem eu também te condeno. Vai e não peques mais..”, ou seja, seria o equivalente a dizer: “concedo-te a graça, porem tenha ciência de que você transgrediu! Agora pode ir, mas não transgrida mais!”

No livro de Daniel, escrito cerca de 600 anos antes da morte de Yeshua podemos verificar a concepção judaica de arrependimento e confiança na graça, aparte das obras da lei.
“Inclina oh D-us os teus ouvidos e ouve; abre teus olhos e olha para a nossa desolação e para tua cidade que e’ chamada pelo Teu nome, porque não lançamos as nossas suplicas perante a Tua face fiados em nossas justiças,mas em Tuas muitas misericórdias.” (Dan.9: 18)

NOVO TESTAMENTO: MELHOR CONCERTO

“...ele ‘e mediador de um melhor concerto que esta’ confirmado em melhores promessas.” (Heb. 8: 6)

O terceiro equivoco e’ a ideia dos crentes de que o Novo Testamento apresenta um “melhor concerto” que a lei de de D-us. Esta e outras passagens no livro de Hebreus onde aparece essa expresso tratava apenas do sistema sacrificial que e’ melhor em Yeshua, como cordeiro de D-us em contra posição a um cordeiro literal. Esta manifestação ‘e melhor que a de outrora e o concerto em si permanece o mesmo.
“...nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” 
(Heb. 9 : 11, 12)


Ou seja, o sangue dos animais derramados sob o concerto firmado com Seu povo Israel não cumpre o concerto melhor, como seria o sacrifício de Yeshua, único capaz de efetuar uma liberdade eterna, e assim mesmo pontua nosso apostolo quando diz: “ ..Em Yeshua sois salvos..”

O ESPIRITO SANTO E A LEI

O quarto erro esta’ na ideia de que se crente ‘e guiado pelo Espirito Santo esta não esta’ sujeito a lei de D-us. Esta posicao origina-se de uma interpretação equivocada das palavras de Shaul ao gálatas.
“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.”
(Gál.5:16-18)

Aqui ele nos lembra que se servimos a D-us e andamos em Sua vontade não estamos sujeitos a consequência de desobediencia, porque essa não existira’ em nossos desejos e estaremos sobrepostos para qualquer vontade que contrarie a lei de D-us. Não seremos assim os infratores, sob os quais pesa o resultado da desobediencia.
Existem n versos que falam da lei do pecado nas palavras de Shaul que são dirigidas para os gentios, mostrando consequências pelo pecado e punição prevista pela transgressão. Se trabalhados fora do contexto, estes textos vão gerar falhas nas suas interpretacoes.
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça?
De modo nenhum.” (Rom. 6:14-15)

Este ‘e entre tantos que conheço um outro texto citado. ‘E um texto que devemos entender como sendo a lei do “pecado”. Porem o verso 15 ‘e bem claro ao demonstrar que a graça não subsituiu a lei e nem tampouco funciona como fator de redenção ou dadiva que nos livra de culpa de transgressão. Pecado somente existe quando há lei, mas graça não ‘e uma carta ou declaracao que exime de culpabilidade o que se atreve a transgredir. (Rom. 6: 1-3)
Estes equívocos listados ate aqui sugerem que nos dias remotos do cristianismo, um conceito estrangeiro sobre a lei, desconhecido de Yeshua e de Shaul dentro da perspectiva judaica acabou por infiltrar-se, porem lembre-se que nos tempos de Yeshua o que se chama Velho Testamento era a a única escritura existente.

Tanto Yeshua quanto Shaul enfatizam a obediência a lei como resposta da fe’ e amor. Os princípios da lei que enaltecem a luz e vida permanecem sim, como ensino no que se chama Novo Testamento. O não entendimento disso gera ma interpretação da Biblia e seus escritos, em especial ao que se relaciona aos temas judaicos.







sexta-feira, 9 de maio de 2014

A Doutrina do Pecado



A Doutrina do Pecado



A terceira divisão da Teologia Sistemática é Hamartiologia, a doutrina do pecado. Esta divisão recebeu seu nome científico de “hamartia”, a palavra grega para “pecado”.
A doutrina do pecado segue naturalmente a doutrina de Deus e a doutrina do homem. As duas primeiras forma o alicerce para a terceira. Deus, homem, pecado - esta é a ordem lógica. Encontra-se esta progressão de pensamento nos temas dos primeiros três capítulos da Bíblia. Gênesis 1 concerne a Deus o Criador, Gênesis 2 descreve a formação do homem; Gênesis 3 relata o origem do pecado.

Teologia revela Deus como Criador. Antropologia revela o homem como criatura de Deus. Hamartiologia figura a raça humana como revoltosa contra Deus. O pecado designa a relação dilacerada entre a criatura e o Criador, homem e Deus.
Antropologia e Hamartiologia estão conectados. Em antropologia nós estudamos a natureza física do homem; em hamartiologia nós estudaremos a natureza moral do homem. Antropologia mostrou a relação do homem para com Deus o doador da vida; hamartiologia mostrará a sua relação com o Rei, Legislador e Juiz. A anterior figura o homem como mortal; a última o figura como pecador. O homem como mortal precisa de Cristo como a Ressurreição e Vida. 

O homem como pecador precisa de Cristo como Sacrifício e Senhor. Antropologia mostra a necessidade da ressurreição de Cristo para a imortalidade. Hamartiologia mostra a necessidade da morte de Cristo como Sacrifício pelo pecador.
A doutrina do pecado está intimamente associada à doutrina da salvação. Salvação é o processo mediante o qual Deus salva o homem do pecado e seus resultados. Pecado é a doença; salvação é o remédio. Pecado é o problema; salvação é a solução.  Pecado é a questão; salvação é a resposta. É o homem que pecou; é Deus quem salva. Hamartiologia mostra a necessidade do homem para a salvação; soteriologia revela a providência de Deus para a salvação através de Cristo.

            A Realidade do Pecado



Pecado é uma realidade trágica. Ele não é uma ilusão; ele tem existência atual. Este fato é reconhecido pela Bíblia, consciência, religiões da humanidade, história das nações, governos e literatura.
A Bíblia é um livro amplamente escrito sobre pecadores. Ela relata a história do primeiro pecado do homem, a terrível conseqüência do pecado na história humana, e o triunfo final sobre o pecado e sua remoção do universo. A Bíblia descreve o homem individual e a total raça humana como estando em pecado e sob condenação.

Algumas vezes os fotógrafos retocam fotografias para remover marcas, manchas e protuberâncias, mas a Bíblia mostra o homem como ele é. Ela não se empenha em ocultar a falha de seus heróis. Ela registra a embriagues de Noé, mentira de Abraão, assassinato e adultério de Davi, a negação de Pedro. Ela mostra os homens assim como eles são.

A Bíblia é um livro escrito por pecadores. A mensagem do evangelho para arrependimento e salvação é adereçada a pecadores. Ela direciona os homens ao Cordeiro de Deus, que Se entregou para salvar o perdido. A Bíblia em todo lugar figura o pecado como real e trágico.
O fato de que o pecado é uma realidade é reconhecido pelo testemunho de consciência e julgamento geral da humanidade. Muitas pessoas compreendem que elas não são o que deveriam ser. Em momentos de completa honestidade eles se reconhecem como pecadores. O homem julga a si e encontra culpa e condenação.

A religião da humanidade pressupõe a existência do pecado. Esta verdade pode ser vista no fato de que os sacrifícios com sangue, sacerdócios, e penitência sempre foram fatores importantes nas maiores religiões do mundo. O reconhecimento do pecado pode se verificar pelo grande sentimento de tristeza que caracteriza as religiões gentílicas. O gentio sabe do pecado, mas não de seu remédio.

É o pecado algo real? Perguntam os historiadores. A história das nações é o amplo registro da humanidade pecaminosa e a espantosa conseqüência do pecado. O fato de que a guerra existiu,  em tudo indica que alguém pecou. Se remover-se dos relatos históricos todos os incidentes que estavam relacionados de alguma forma ao pecado humano, restaria uma pequenina história.

Os governos humanos sabem da existência do pecado. Eles reconhecem a natureza pecaminosa do homem. Acordadamente, eles enaltecem leis e impõe penas no esforço de coibir a influência do pecado nas relações sociais. Se não houvesse pecado, não haveria necessidade de leis, algemas, policias, prisões; não haveria necessidade da própria proteção contra o crime. A literatura descreve o pecado como realidade. O pecado geral da humanidade é retratado na ficção e não ficção, poesia e prosa. Alguns pecados humanos são associados com o enredo de quase todo drama ou história.

Ele pode ser voraz ou invejoso. Ele pode ser assassino ou desejo. Ele pode ser egoísmo ou vingança. O fato do pecado está reconhecido por todo tipo de literatura, quer na mitologia grega, Shakespeare, ou ficção moderna. A realidade do pecado, por isso, é um fato observado na vida diária. Pode se olhar para quase qualquer lugar a qualquer tempo e se observar alguma evidência ou resultado do pecado. O pecado é uma trágica realidade.

            A Universalidade do Pecado

O pecado é universal. Todos os homens são pecadores; tudo do homem é pecaminoso. O pecado é universal entre os homens; ele é pleno dentro do homem. Se alguém desenhar um círculo para indicar a retidão, ele estaria vazio. Tudo estria excluído. Se alguém desenhar um círculo para indicar pecadores, ele estaria repleto. Todos estariam inclusos.

A universalidade do pecado é claramente ensinado por posições diretas na Bíblia. Todos os homens por nascimento natural são pecadores. É aparente, é claro, que Jesus é uma exceção. “Todos nós somos como algo impuro, e toda nossa justiça são como trapos de imundície, e todos murchamos como uma folha; e nossas iniquidades, como o vento, nos leva.” (Isaias 64: 6). “O mundo todo jaz em impiedade.” (1 João 5: 19).

1 Reis 8: 46                          Não há homem que não peque
Salmos 14: 2, 3                    Ninguém que faça o bem
Salmos 53: 1- 3                    Não há ninguém que faça o bem
Salmos 130: 3                      Quem permanecerá?
Salmos 143: 2                      Nenhum homem vivente justificado
Provérbios 20: 9                  Quem pode dizer, eu sou puro de pecado?
Eclesiastes 7: 20                 Nenhum justo sobre a terra
Isaias 53: 6                           Todos nós como ovelhas errantes
Romanos 3: 9                       Todos estão debaixo do pecado
Romanos 3: 10                     Não há justo
Romanos 3: 12                     Não há quem faça o bem
Romanos 3:23                      Todos pecaram e não atingem
Romanos 5: 12                     Todos pecaram
Gálatas 3: 22                        Todos sob pecado
Tiago 3: 2                              Em muitas coisas ofendemos
1 João 1: 8, 10                     Se dissermos que não temos pecado

O fato de que o pecado é universal verifica-se pelo ensino Bíblico em que todos os homens sem Cristo estão sob condenação e ira. “Aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus está sobre ele.”       (João 3: 36).  “Por natureza os filhos da ira, assim como os outros” (Efésios 2: 3). “Portanto tu és inescusável, oh homem, a qualquer que julgas tu: pois onde julgas o outro, tu condenas a ti; pois tu que julgas fazes as mesmas coisas” (Romanos 2: 1). Todos os homens estão sob condenação ante Deus, pois todos os homens são pecadores.
A necessidade por arrependimento é universal porque o pecado é universal entre todos os homens. “E o tempo desta ignorância Deus tolera, mas agora ordena a todos os homens que se arrependam” (Atos 17: 30). O fato de que Deus ordena a todos os homens o arrependimento revela que todos os homens são pecadores. A verdade de que Cristo morreu por todos os homens, mostra que todos os homens são pecadores e necessitam de expiação que Ele providenciou. Jesus é o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1: 29). “Ele é a propiciação por nossos pecados: e não somente pelos nossos, mas também pelos pecados de todo o mundo” (1 João 2: 2). “Quem se entregou a Si pelo resgate de todos” (1 Timóteo 2: 6). O fato de que o evangelho foi pregado a “toda criatura”(Marcos 16: 15) mostra que todos os homens são pecadores e necessitam ouvir o evangelho.

 A Culpa do Pecado




Pecado envolve culpa. Como pecadores todos os homens são culpados diante de Deus. O pecado é um fator em suas vidas, pelo qual são responsáveis e acusados. Eles merecem condenação e punição. Eles são “dignos de morte”. (Romanos 1: 32)

Culpa tem duplo significado: (1) A culpa refere-se ao fato de que o pecador atualmente comete pecado. Ele é um pecador pelo que ele é e pelo que tem feito. Ele não é inocente; ele é culpado. (2) A culpa significa que a pessoa que comete pecado merece punição. Ele é obrigado a satisfazer os requisitos da justiça de Deus para o pagamento da pena do pecado.

O primeiro significado da culpa é designado em teologia como “reatus culpae”; o segundo significado, como “reatus poenae”.  É com o segundo significado que a teologia é mais concernente.

Quando a Bíblia explica que a lei foi dada para que “toda boca se cale, e todo o mundo seja culpado diante de Deus”(Romanos 3: 19), ela se refere ao segundo significado da culpa. Culpa, portanto, é a relação do transgressor ao governo moral de Deus. Ela refere-se a condição e posição do pecador em vista do fato de que ele tem violado os padrões moral de Deus. As leis moral são expressas nos próprios atributos de Deus: santidade, amor e verdade. O pecado contradiz a natureza de Deus. A atitude divina em relação ao pecado deve ser condenação e ira.

O santo governo de Deus do universo, portanto, demanda a morte como pena para o pecado. Dizer que o pecador é culpado diante de Deus, é dizer que ele é objeto de desaprovação e condenação. Ele está exposto à ira de Deus que revela-se do céu pelo evangelho contra todos os ímpios e injustos. (Romanos 1: 18) Ele merece a punição; ele está obrigado a satisfazer a justiça de Deus.
A culpa do pecado pode ser removida somente pelo pagamento da pena do pecado, o que é a morte. A pena do pecado pode ser paga “pessoalmente” pelo pecador sendo destruído na segunda morte, ou pode ser paga “vicariamente” pelo sacrifício de Cristo. A primeira morte não remove a culpa do pecador. O pagamento completo pelo salário do pecado será efetuado pelo pecador quando ele for destruído na segunda morte.


                                   
Levantado para a vida na ressurreição final, os pecadores ainda estarão sob a condenação de Deus e Sua ira. O fato de suas culpas não terá mudado. Eles ainda serão cobrados pelos pecados que cometeram nesta vida. Eles serão julgados de acordo com as obras pecaminosas que cometem hoje. Na Segunda morte a pena pelo pecado será paga, mas o pecador terá sido destruído.

Por Seu plano de salvação, Deus providenciou um meio pelo qual a pena do pecado pudesse ser paga e o pecador perdoado pudesse viver pela eternidade. Jesus, o imaculado Filho de Deus, voluntariamente se tornou o Substituto do pecador. Sendo sem pecado, Jesus estava sem culpa pessoal. O fato de que Ele é perfeito Filho de Deus deu infinito valor ao Seu sacrifício. Sua morte, portanto, pode ser a substituta não meramente por um pecador ,mas por um infinito número de pecadores. Em outras palavras, o Cordeiro de Deus potencialmente anulou a culpa e pagou a pena do pecado por toda a raça humana. Os benefícios de Seu sacrifício atualmente, porém, se faz eficaz na vida do pecador somente quando ele se faz adequadamente relacionado com Cristo pela conversão. O sacrifício de Cristo providenciou a base pela qual Deus pode remover nossa culpa e nos declarar justos. Quando nós nos tornamos unidos a Cristo, Deus atualmente remove nossa culpa e imputa a justiça de Cristo sobre nós. “Pois ele se fez pecado por nós, o qual não conheceu pecado; pelo que podemos ser justos de Deus por ele” (II Cor. 5:21).

O pecado e culpa imputado a Cristo não era “reatus culpae”; mas sim “reatus poenal”. A culpa imputada ao nosso Substituto foi a culpa do segredo significado. Aquela culpa que refere-se ao fato histórico que o pecador pecou nunca pode ser transferida para outra pessoa. Fatos são fatos. Mesmo tendo a pessoa pecado ou não. O fato histórico é algo que pode ser desgostoso, mas não pode ser mudado. Embora o pecador possa ser perdoado e justificado, o fato de que o pecador atualmente pecou nunca pode ser alterado. Quando um homem experimenta a salvação, Deus retira a culpa como mérito de punição, mas ele não reescreve a biografia do pecador e coloca que o pecador nunca pecou .Algumas nações tentam reescrever a história distorcendo fatos, negando a ocorrência de certos eventos, e requerendo honra que pertencem a outros. A salvação pessoal habilita-se à mudança de possibilidades do futuro, mas não reescrever fatos históricos da vida que já aconteceram. Pela eternidade nada pode mudar o fato de que o crente glorificado em dia foi pecador.

A culpa que é imputada a Cristo e removida destes em Cristo é o que libera da obrigação pelo pagamento da pena do pecado. Quando se está em Cristo, não mais se está sob a desaprovação e ira de Deus. “Portanto não há condenação para os que estão em Cristo Jesus.” (Rom. 8:1).
Todos os homens são pecadores; todos os homens são culpados diante de Deus. Ninguém naturalmente nasce um cristão. Ninguém, exceto Jesus, nasceu justo, sem culpa pelo pecado. O mundo todo é culpado diante de Deus. Todo indivíduo é nascido no círculo negro do pecado e condenação. Sem o sacrifício de Cristo, os pecadores estão “sem Cristo, sendo estrangeiros à comunidade de Israel e estranhos ao concerto da promessa, mas tendo esperança, e sem Deus no mundo” (Efesios 2:12). Os homens permanecem sob a condenação e ira de Deus até que pessoalmente obtenham uma relação redentiva com Cristo.