sábado, 17 de maio de 2014

EQUIVOCOS SOBRE A LEI



EQUIVOCOS  SOBRE A LEI

Quando a Igreja do segundo e do terceiro seculos comecaram a distanciar-se de suas raízes judaicas; equívocos surgiram sobre os aspectos da lei de D-us, a Torah. Isso se deu pela ampla influencia da filosofia grega e ideias dos pagãos.



A BONDADE DA LEI

O primeiro erro existiu em relação a inerente bondade da lei. Os gregos somente tinham um termo para a palavra lei que era tendencioso para o negativo e bloqueava qualquer habilidade de convencimento sobre a profundidade do conceito judaico da Torah. Para entender a causa deste erro e’ necessário examinar a vasta diferença entre o conceito grego sobre lei (nomos) e a amada Torah dos judeus.

A mente hebraica entende que o propósito primário da Torah ‘e ensinar a humanidade em como atingir a marca da vida em oposição ao cometer-se pecado, o que seria perder a marca.
Mas em função da língua grega apresentar apenas um termo para lei quando se fala da lei de “D-us”, lei do”pecado”, lei do “espírito de vida”, ou lei de “Cristo”, fica frequentemente dificil determinar de que lei se fala no Novo Testamento.

Em ambos, na cultura babilônica da língua aramaica e na estrutura helenística do grego, a palavra “lei” tem uma conotação negativa, o que esta’ em oposição para com a imagem positiva projetada pela palavra hebraica Torah.

A palavra aramaica para lei (dath) acabou por tomar uma injusta imagem, como a  historia que conta sobre um juiz que corrige um julgamento errado dobrando a lei,  a fim de fazer uma decisão mais justa.
Demonstrando que a lei nunca seria flexível, o povo da Babilonia esfolou o tal juiz, arrancou sua pele e a usou para cobrir seu assento para relembrar ao próximo juiz que não se negocia com a lei.

A LEI E A GRACA

A segunda confusão de interpretação e’ que a a lei e a graça são opostas e a Torah foi substituída pela era da graça. Uma vez que se entende a Torah sob a perspectiva judaica, como instrução de D-us, esse erro acaba por ficar evidente.






Essa teoria foi amostrada primeiramente por aqueles que adotavam a visão dos pagãos que os judeus seriam salvos pelas obras, enquanto que a “igreja” seria salva pela fe’. Muitos gentios da época misturavam ideias gnósticas com sua teologia crista e concluiam que o D-us dos judeus era rude e legalista em contra posição ao D-us de amor descrito no Novo Testamento. 
A congregacao original judaica entendia o D-us de Israel como sendo único na eternidade e imutável, tendo um único plano de salvação em ambos os testamentos, um plano que envolvia a fe' no Messias.

Um dos exemplos que eu gosto de citar faz referencia a mulher pega num ato de adulterio e levada a Yeshua por conhecedores da lei a fim de que fosse apedrejada. Isso esta’ escrito no livro de Joao. Ali eu vejo clara aplicação da graça como um perdao não merecido e a clara evidencia de que alei existe e não deve ser transgredida. Yeshua se vira pra mulher e diz: “...nem eu também te condeno. Vai e não peques mais..”, ou seja, seria o equivalente a dizer: “concedo-te a graça, porem tenha ciência de que você transgrediu! Agora pode ir, mas não transgrida mais!”

No livro de Daniel, escrito cerca de 600 anos antes da morte de Yeshua podemos verificar a concepção judaica de arrependimento e confiança na graça, aparte das obras da lei.
“Inclina oh D-us os teus ouvidos e ouve; abre teus olhos e olha para a nossa desolação e para tua cidade que e’ chamada pelo Teu nome, porque não lançamos as nossas suplicas perante a Tua face fiados em nossas justiças,mas em Tuas muitas misericórdias.” (Dan.9: 18)

NOVO TESTAMENTO: MELHOR CONCERTO

“...ele ‘e mediador de um melhor concerto que esta’ confirmado em melhores promessas.” (Heb. 8: 6)

O terceiro equivoco e’ a ideia dos crentes de que o Novo Testamento apresenta um “melhor concerto” que a lei de de D-us. Esta e outras passagens no livro de Hebreus onde aparece essa expresso tratava apenas do sistema sacrificial que e’ melhor em Yeshua, como cordeiro de D-us em contra posição a um cordeiro literal. Esta manifestação ‘e melhor que a de outrora e o concerto em si permanece o mesmo.
“...nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.” 
(Heb. 9 : 11, 12)


Ou seja, o sangue dos animais derramados sob o concerto firmado com Seu povo Israel não cumpre o concerto melhor, como seria o sacrifício de Yeshua, único capaz de efetuar uma liberdade eterna, e assim mesmo pontua nosso apostolo quando diz: “ ..Em Yeshua sois salvos..”

O ESPIRITO SANTO E A LEI

O quarto erro esta’ na ideia de que se crente ‘e guiado pelo Espirito Santo esta não esta’ sujeito a lei de D-us. Esta posicao origina-se de uma interpretação equivocada das palavras de Shaul ao gálatas.
“Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.
Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para que não façais o que quereis.Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei.”
(Gál.5:16-18)

Aqui ele nos lembra que se servimos a D-us e andamos em Sua vontade não estamos sujeitos a consequência de desobediencia, porque essa não existira’ em nossos desejos e estaremos sobrepostos para qualquer vontade que contrarie a lei de D-us. Não seremos assim os infratores, sob os quais pesa o resultado da desobediencia.
Existem n versos que falam da lei do pecado nas palavras de Shaul que são dirigidas para os gentios, mostrando consequências pelo pecado e punição prevista pela transgressão. Se trabalhados fora do contexto, estes textos vão gerar falhas nas suas interpretacoes.
“Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
Pois que? Pecaremos porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça?
De modo nenhum.” (Rom. 6:14-15)

Este ‘e entre tantos que conheço um outro texto citado. ‘E um texto que devemos entender como sendo a lei do “pecado”. Porem o verso 15 ‘e bem claro ao demonstrar que a graça não subsituiu a lei e nem tampouco funciona como fator de redenção ou dadiva que nos livra de culpa de transgressão. Pecado somente existe quando há lei, mas graça não ‘e uma carta ou declaracao que exime de culpabilidade o que se atreve a transgredir. (Rom. 6: 1-3)
Estes equívocos listados ate aqui sugerem que nos dias remotos do cristianismo, um conceito estrangeiro sobre a lei, desconhecido de Yeshua e de Shaul dentro da perspectiva judaica acabou por infiltrar-se, porem lembre-se que nos tempos de Yeshua o que se chama Velho Testamento era a a única escritura existente.

Tanto Yeshua quanto Shaul enfatizam a obediência a lei como resposta da fe’ e amor. Os princípios da lei que enaltecem a luz e vida permanecem sim, como ensino no que se chama Novo Testamento. O não entendimento disso gera ma interpretação da Biblia e seus escritos, em especial ao que se relaciona aos temas judaicos.







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