segunda-feira, 21 de abril de 2014

A Doutrina de Deus



A DOUTRINA DE DEUS

 
A primeira divisão da teologia sistemática é Teologia, a doutrina de Deus. Em sua aplicação geral Teologia refere-se à toda doutrina cristã. Em sua aplicação específica ela está limitada ao estudo de Deus, Sua existência, personalidade, unidade, atributos, posições relativas ao universo, etc. Quando aplicada neste sentido, ela por vezes é designada Teologia Genuína.

O PONTO DE PARTIDA

As primeiras quatro palavras da Bíblia descrevem não só a origem do planeta, mas também o ponto de partida da Teologia Sistemática – “No princípio Deus”. ( In the beginning God).

Começar com Deus, é começar com o Principal. Partir numa jornada na Sua luz é começar com a fonte da verdade. “O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”. (Prov: 1:7).

Crença em Deus é o estudo de fatos revelados concernentes a Ele são os primeiros requisitos da teologia cristã.

O Criador declarou; “ Eu sou o Alfa e Ômega, o princípio e o fim” (Apoc. 21:6). Alfa e Ômega são a primeira e última letra do alfabeto grego. O grego é a língua da qual se escreveu o Novo Testamento. Usando o alfabeto Inglês, Deus teria dito, “Eu sou o A e o Z”. Nada existe antes da letra A e nada depois da letra Z. A primeira e última letra do alfabeto constituem as fronteiras do pensamento. O domínio total do pensamento do homem está confinado entre estas duas extremidades. Deus é o primeiro em existência; Ele é a fonte da verdade. Todo o que busca a verdade deve começar com Deus. A doutrina de Deus forma a base e prerrogativa para todas as outras doutrinas bíblicas. As seis divisões
sucedendo a Teologia Sistemática estão dependentes desta primeira divisão majoritária.Antropologia, Hamartiologia, Cristologia, Soteriologia, Eclesiologia, e Escatologia encontram sua origem na Teologia. Quando estudantes da Bíblia ignoram a doutrina de Deus, eles se separam da fonte do conhecimento através do qual eles podem compreender outras doutrinas bíblicas. Os homens apresentam pontos de vista incorretos sobre o homem, pecado, Cristo, salvação. A Igreja, e o futuro porque tem uma visão incorreta a respeito de Deus.
Uma compreensão da doutrina de Deus forma a base para a verdadeira espiritualidade. Embora alguns homens tenham se posto à frente de religião sem coração religioso, a religião de coração genuíno é produto de um cabeça da religião. A religião separada de Deus retrata o homem egoísta e vazio. Os homens tem fé inadequada em Deus porque tem conhecimento insuficiente concernente à Deus. Eles acreditam ser difícil orar porque não consideram a natureza dAquele para o qual oram. Os corações dos homens raras vezes rendem-se em verdadeira adoração porque não reconhecem a transcendência maravilhosa e infinito valor de Deus. Para apresentar uma fé cristã adequada e uma vida espiritual vigorosa, deve-se começar com Deus.
A doutrina de Deus é o mais importante pensamento que o homem deve considerar. É o assunto mais sublime que se pode estudar. Fatos relacionados a natureza de Deus e Sua obra constituem as mais significativas realidades  no universo. Jesus disse, “Esta é a vida eterna, que eles devem conhecer a Ti o único verdadeiro Deus, e a Jesus Cristo, a quem enviaste”. (João 17:3).
É de vital importância que os crentes estejam plenamente informados a respeito da natureza, características e obra de Deus. Os cristãos passarão a eternidade com Deus; deveriam desejar estar informados sobre Ele hoje.

II- Teísmo Escriturístico


1.    O que é Teísmo?. O Teísmo, quando usado apropriadamente, é o termo que designa a verdadeira doutrina de Deus. Um entendimento preciso de Deus e Sua obra pode ser obtido somente mediante o estudo genuíno de Sua palavra. O genuíno teísmo cristão é bíblico .Quando o homem seriamente reflete sobre si o universo, muitas questões nascem em sua mente. Existe um Deus? Quem é Deus? Revelou-se Deus ao homem? Qual a aparência de Deus? Qual a relação de Deus com o universo? Qual a origem do homem, propósito e destino em relação a Deus? O Teísmo provê as respostas para estas questões.
2.    O que afirma o Teísmo? O Teísmo bíblico afirma a existência de um Deus vivo e verdadeiro. Deus por Si existe e por Si se revela, é infinito e Supremo Ser. Este único Deus é uma pessoa da qual imagem o homem foi feito. Deus é infinito, eterno, imutável, perfeito em sabedoria, presente em qualquer lugar e todo poderoso, Seu caráter é santidade, amor e verdade. Este Ser vivente é a fonte de toda a existência. Ele é o Criador e o Mantenedor do universo. Ele emana dentro do universo pelo Seu poder e presença invisível e ainda transcende sobre toda Sua criação em existência, natureza e superioridade. Deus é Rei, Advogado e Juiz. Como Redentor, Deus está redimindo o homem pecador para Si por meio de Seu filho, Jesus Cristo. Todos os homens são dependentes de Deus para existirem. Eles devem a Ele adoração, obediência, e amor.




Teorias Anti teísta


Em oposições aos verdadeiros fatos revelados na palavra de Deus, os homens ter formulado muitas falsas teorias com respeito a Deus e o universo. Todas as teorias que negam os fatos afirmados pelo Teísmo da escritura são anti-teístas.
Originalmente a raça humana era monoteísta. Os homens adoravam o único Deus e conheciam o fato de que Ele se revelara a eles. Mediante o pecado, entretanto, o homem deu as costas para Deus e degenerou-se nas trevas do paganismo. Os homens caídos mudaram a glória de Deus em idolatria (Rom. 1:21-23) e mudaram a verdade de Deus em mitologia (Rom. 1:25). Habitando na escuridão afastado de Deus, o homem formulou várias teorías antí-teísta as quais consideramos ateísmo, agnosticismo, panteísmo, politeísmo e deísmo.
Os fatos reais do teísmo Cristão e as falsas teorias anti-teísta são contrastadas no quadro abaixo:

Fatos Teístas                                                         Teorias Anti - teísta

·         Existência de Deus                                          - Ateísmo
·         Auto revelação de Deus                                   - Agnosticismo
·         Auto existência de Deus                                   - Panteísmo
·         Personalidade de Deus                                      - Materialismo
·         Monoteísmo                                                      - Politeísmo
·         Unidade de Deus                                               - Trinitarísmo, Triteísmo
·         Providência de Deus                                          - Deísmo 

I.              Ateísmo


Ateísmo nega a existência de Deus, Ateísmo é o oposto de Teísmo. O homem foi criado de forma a normalmente crer na existência de Deus. Ateísmo é anormal.
Ateísmo, de acordo com a etimologia, significa a negação do ser de Deus. Era aplicado pelos antigos gregos como Sócrates e outros filósofos, como indício de que eles falharam ao adaptarem-se a religião popular. No mesmo sentido foi aplicado aos primitivos cristãos. Desde que o uso do termo Teísmo foi definitivamente fixado em todas as línguas modernas, o ateísmo necessariamente se confirma com a negação pessoal  de um Criador e Governador Moral. Muito embora a crença pessoal em Deus seja resultado do reconhecimento expontanêo  de Deus manifestando –se em consciência e obras da natureza, o ateísmo se faz possível como um estudo anormal de consciência induzida pela especulação fantasiosa (sophistical) ou pela indulgência de paixões pecamonosas, precisamente preceito (assunto) de idealismo. (Hodge, A.A.Outlines of Theology. Grand Rapdes: Eerdmouns, 1949,pp.46,47).
Existem dois tipos distintos de ateísmo: ateísmo dogmático e ateísmo virtual. O ateísmo dogmático refere-se a todo tipo de ateísmo onde os homens aberto e categoricamente afirmam que Deus não existe. Eles explicitamente negam a existência de Deus. O ateísmo virtual refere-se ao tipo de ateísmo pelo qual os homens asseguram teorias mediante as quais se mostram contra a crença num Ser Supremo ou ainda definam Deus aplicando termos que virtualmente negam Sua existência.
Ainda ao lado dos ateístas dogmáticos e virtuais estão muitos não ateístas que embora não neguem a existência de Deus, ignoram-no e vivem como se Ele não existisse.
Durante o presente século, um esforço intensivo tem sido feito de modo a propagar o ensino do ateísmo. O ateísmo dogmático, obviamente, é um dos princípios fundamentais do moderno comunismo marxista. (Marxian).Em todas as ocasiões que o comunismo tem feito suas conquistas políticas, a conquista tem-se feito oportunidade para estes ensinos. Neste país uma cruzada intensiva vem sendo empregada contra o comunismo. Ao mesmo tempo, porém, o ateísmo, materialismo, evolução, e gentis filósofos tem abertura para espaço dominante na moderna educação Americana.
A extensão do ateísmo nos colégios americanos, universidades, e inclusive seminários é observado pelo Dr. Wilbur M. Smith no seu livro Therefore Stand. (Boston: Wilde Co., 1946).
Em 1925 Charles Smith, um antigo estudante da divindade, formou uma organização definitiva para a propagação do ateísmo especialmente nos colégios e universidades. Era a chamada Associação Americana para o Avanço do Ateísmo. Ateísmo está condenado à falha definitiva. Os homens normalmente crêem em Deus. Ateísmo é anormal. O ateísmo luta numa batalha perdida. O ateísmo anda na contra mão. Um aparente sucesso é temporário. Quando os homens retornam à normalidade, eles retornam a crença na existência de Deus.
Henry C. Thiessen descreveu a insuficiência do ateísmo: “A posição ateísta é muito insatisfatória, instável e arrogante”. É insatisfatória, pois todos os ateístas necessitam de segurança pelo perdão de seus pecados; todos apresentam uma vida fria e vazia, e nenhum deles sabe sobre paz e comunhão com Deus.
É instável, pois é contrária às mais profundas convicções do homem. Ambos Escritura e história mostra que o homem necessariamente e universalmente crê na existência de Deus. O ateísta virtual testifica deste fato quando adota uma abstração para explicar para o mundo e sua vida . É arrogante, pois pretende realmente ser uniciente. A sabedoria  limitada pode julgar a existência de Deus, mas a sabedoria extensa sobre todas as coisas, inteligência e tempos é necessário para posição de que a primeira é nada. O ateísta dogmático é explicado como sendo condição anormal. Assim como o pêndulo de um relógio pode ser empurrado para fora do centro por força interna ou externa, e assim a mente do homem pode ser desviada de sua posição normal mediante falsa filosofia. Quando esta força é removida, ambos, o pêndulo e a mente humana retornam à posição normal. (Thiessen, Henry C. Lectures in Systematic Theology. Grand Rapids: Eerdmans 1951,pp. 65,66.).
Por que os homens são ateístas? O ateísmo é um esforço racional para liberar a consciência culpada do homem quando nega a existência de Deus em função do pecado. Lovis Berkhof explica:
“Em última análise o ateísmo resulta do estado de perversão moral do homem e de seu desejo de escapar de Deus. Ela é deliberadamente cega e suprime o instinto mais fundamental do homem, as mais profundas necessidades da alma, as mais altas aspirações do espírito humano, o desejo de um coração que anseia por um Ser superior. (Berkhof, Louis. Systematic Theology. Grand Rapids:Eerdmans, 1949,p. 22).


II- Agnosticismo

Agnosticismo nega que Deus pode ser conhecido. Os agnósticos afirmam que não há informação disponível o suficiente  para se saber se Deus existe ou não. O defensor do agnosticismo insiste em que ele não é  ateísta .Ele diz, “eu não digo que Deus não existe; eu desconheço sua existência.”. Agnosticismo que o conhecimento é limitado aos fatos que podem ser demonstrados. É impossível, porém, ao homem conhecer qualquer coisa a respeito da existência de Deus, a natureza de Deus, ou o propósito do universo. Agnosticismo nega o fato de que Deus tem Se revelado ao homem e que o homem está apto a conhecê-lo. Desde o tempo dos sofistas gregos (500-400 Ac.) até o presente, muitos sistemas de filosofia tem incorporado dúvidas, cepticismo, e agnosticismo. Alguns dos filósofos agnósticos do passado foram David Hume (1711-1776), Immanuel Kant (1724-1804), Sir William Hamilton, Auguste Comte (1798-1857), Herbert Spencer (1820-1903), e Thomas H. Huxley (1825-1895). Bertrand Russell  é um dos líderes agnosticista do século presente. Russell é um cidadão inglês, nascido em 1872. Num artigo “O que é um agnóstico?” que aparece na revista Look (olhe) em 1953, Bertrand Russell escreveu: “ O agnóstico levanta a questão (julgamento), dizendo que não há alicerce suficiente para afirmação ou negação. Ao mesmo tempo pode assegurar que a existência de Deus embora não impossível, é muito improvável; ele pode inclusive considerá-la improvável de forma a ser sem méritos considerando a prática. A sua atitude pode ser a que um cauteloso filósofo teria diante dos deuses da antiga Grécia. Se me fosse questionado mediante provas que Zeus, Poseidon e Hera e os demais deuses do Olimpo não existem, eu estaria perdido para encontrar argumentos conclusivos. Um agnóstico pode imaginar o |Deus Cristão tão improvável como os do Olimpo; neste caso, ele é por conseguinte um com os ateístas.

III- Panteísmo

Panteísmo é a crença de que Deus é a soma total de todas as coisas criadas. Panteísmo afirma que Deus e o universo são idênticos. Eles afirmam que Deus é tudo e tudo é Deus. De acordo com esta teoria a existência de Deus não independe de Suas criaturas. Panteísmo nega a personalidade de Deus. O panteísmo tem uma das mais prevalecentes filosofias religiosas do homem. É o fundamento da filosofia do Hinduísmo. Era defendida por filósofos gregos e místicos medievais. É defendido por muitos filósofos modernos e muitos cultos religiosos modernos. Alguns dos líderes filósofos que tem advogado o panteísmo em tempos modernos são Giordano Bruno (1549-1600), Baruch Spinoza (1632-1677), F.W.J. Schelling (1775-1854), e Hegel (1770-1831).Contrário ao panteísmo  o teísmo assegura a verdade que Deus é uma pessoa e que Sua existência independe de Sua criação .Deus e o universo não são idênticos; ambos são duas unidades separadas em existência .Deus é o Criador, o universo é o que foi criado .O universo existe deve sua existência a Deus; e Deus existe por Si. O universo teve um princípio no tempo, Deus existe desde a eternidade. Houve um tempo em que o universo não existiu. Naquele momento Deus já existia só. Dois termos designam Deus em relação ao universo. Imanência refere-se ao fato de que o poder de Deus é onipresente através do universo. Transcendência afirma que Deus é infinitamente superior a Sua criação e Sua existência independe de sua obra. O panteísmo super enfatiza a imanência de Deus excluindo a Sua transcendência. O Oposto extremo do panteísmo é o deísmo. O Deísmo super enfatiza a transcendência de Deus de forma a excluir Sua imanência.

IV - Politeísmo

Politeísmo é a crença em muitos deuses. É o oposto do monoteísmo o qual afirma crença num único Deus. Originalmente a humanidade era monoteísta. Este fato não só na Bíblia é comentado, mas também na história e antropologia. A humanidade foi criada inteligente, civilizada, monoteísta. A raça humana se degenerou do jardim para a selva, da civilização para selvageria, e do monoteísmo para o politeísmo. A origem do politeísmo é descrito em Romanos 1:20-23, “Pois as suas coisas invisíveis desde a criação do mundo claramente se vêem, sendo compreendido pelas coisas criadas, inclusive Seu poder e divindade, assim que não há escusas: pois que, quando conheceram a Deus, não o glorificaram como Deus, nem foram agradecidos; mas se tornaram vãos em suas imaginações, e seus corações insensatos se escureceram. Dizendo-se sábios, se fizeram tolos, e mudaram a glória do Deus incorruptível em imagem de homem corruptível, de pássaros, e quadrúpedes e répteis.”

V- Deísmo

Deísmo é a filosofia que nega a providência de Deus ou o governo do universo. Os deístas crêem que Deus criou o universo em algum tempo no passado, mas desde então não tem o que fazer com ele.
Eles explicam que o universo, como um relógio, foi impulsionado pelo Criador e deixado por si. O deísmo nega a inspiração da Bíblia, milagres, resposta à oração, e a presença de Deus no mundo.
O deísmo inglês, nasceu de controvérsias em questões religiosas nos recentes dois séculos. A descoberta Copernica e a obra de Francis Bacon também contribuíram à sua origem. Lord Herbert, de Cherbury (1581-1648), é conhecido como o “pai do deísmo”.Thomas Hobbes (1588-1679), Charles Blount (1654-1693), Antiny Collins (1676-1729), Mattew Tinda (1657-1733), Lord Bolingbroke (1678-1751), e Thomas Paine (1737-1809) foram ingleses deístas.
Na França o movimento deísta não sobressaiu até um século depois de seu nascimento na Inglaterra. Voltaire (1694-1778) e Rossean (1712-1778) pod4em ser classificados como deístas franceses. Algumas teorias evolucionárias modernas são deístas quando explanam sobre o universo. (Thiessen. Op. Cit., p. 75).




A EXISTÊNCIA DE DEUS

Tendo colocado o ensino bíblico concernente a Doutrina de Deus e havendo investigado algumas das teorias antiteísta, nós vamos agora considerar a existência de Deus. Antes de estudarmos os argumentos clássicos da existência de Deus, é bom reconhecermos que a existência de Deus é confirmada como verdade pela Bíblia e que a crença na Sua existência se verifica entre todas as nações.

I-             Confirmado como verdade pelas Escrituras.

A existência de Deus é reconhecida como um fato pelos escritores da Bíblia. É considerada como uma realidade que não requer provas. As palavras de abertura da Bíblia anunciam o fato e existência de Deus. “No princípio Deus”. (Gen. 1:1).
A crença na existência de Deus é fato assumido pela fé Cristã. O cristão declara, “Eu acredito em Deus.” Sem sombra de dúvida, o crente afirma que Deus existe. O escritor de Hebreus insistiu, “O que se achega a Deus deve crer que Ele existe e é galardoado daqueles que diligentemente o buscam”. (Heb. 11:6).
Dr. William Newton Clarke escreveu:
A doutrina cristã de Deus não começa com prova, ela principia com anúncio que é feita pela fé cristã em conseqüência da revelação cristã. A fé não começa na busca de um Deus desconhecido,  ou para confirmar que Deus existe: ela ouve a Sua voz e começa em confiança na Sua realidade. Ela assume que a existência de Deus como uma primeira certeza, e então prossegue a aprender sobre Ele tudo o que pode ser aprendido. Podem haver outros meios de aproximação do conhecimento de Deus, mas a maneira Cristã o reconhecimento é mais que a demonstração. (Clarke, Willian Newton. The Christian Doctrine of God. New York; Seribners, 1909, p.56).
Capítulos inteiros da Bíblia são devotados a assuntos específicos, como a Segunda vinda de Cristo (1 Tess. 4; Mat. 25; etc.), o sacrifício de Cristo (Isa. 53), a ressurreição (I Cor. 15), fé (Heb.11) amor (I Cor. 13), e os atributos de Deus (Salm. 139). Não há capítulos, porém, que são devotados inteiramente a provar a existência de Deus. Os escritores das Escrituras reconheceram a existência de Deus como fato auto evidente que não demanda prova.
Em raciocínio formas de argumenta do conhecido para o desconhecido e do mais aparente para o menos aparente. Willian G.T. Shedd explicou que a Bíblia não busca provar  a existência de Deus porque ela já é um dos fatos mais óbvios. Ele escreveu:
“A razão pela qual as escrituras não fazem provisão contra o ateísmo especulativo por raciocínio de *logística é que, a razão *silogística parte da premissa do que é mais óbvio e certo, do que a conclusão desenhada da especulação, e eles não concedem que qualquer premissa necessária seja colocada de forma a desenhar a conclusão que existe um Ser Supremo, este jamais intuitivamente certa que a própria conclusão. “(Shedd, W.G.T. Dogmatic Theology. Grand Rapids: tondervan Publishing House, 1953,Vol. I. p.196).

II-            Os homens normalmente crêem em Deus.

Deus criou o homem com habilidade nata para reconhecer Sua existência. Quando o homem em sua natural condição reflete seriamente sobre o universo, o reconhecimento da existência de Deus naturalmente nasce em sua mente. Quando se diz a uma criança que Deus existe, ela espontaneamente percebe isto como verdade. O homem foi criado de forma a ser naturalmente religioso. É normal para o homem o crer em Deus, e é anormal para ele ser um ateísta.
Ninguém pode se surpreender, sendo assim, que a crença de um ser supremo ou seres sejam encontrados entre todos os homens. Paganismo corrompeu a glória de Deus em idolatria e a verdade de Deus em mitologia, mas o reconhecimento de Sua existência ainda é evidente. A falsificação prova a realidade desta verdade. Em toda a raça e tribo na terra, e em toda a civilização na história, a existência de um ser ou seres supremos tem sido reconhecido pelos homens. Este fato maravilhoso é um testemunho da existência de Deus. Um missionário que anunciou na África escreveu:
“Antes de tudo, todos os pagãos sabem que existe um Deus. Não existe ateístas entre as tribos pagãs. Muita tolice como a crença ateísta está reservada para os homens em terras de cultura, os quais “professam-se sábios.” Nunca foi descoberto sobre a face da terra uma tribo de pessoas, embora pequena ou corrompida, que não creu em algum tipo de deus ou teve algum sistema de adoração. Não importa quão ignorante ou degradada, toda tribo ou raça de homens tem alguma religião. (Weiss, G. Christian. “They Know More than you Think,”Christian  life, October 1950, p. 13).João Calvino refere-se a observação similar de Cícero, por exemplo, que a crença num ser supremo ou seres é encontrado entre todos os homens.(Calvin Institutes of the Christian Religion. Grand Rapids: Eerdmans, 1949, Vol. I, p. 54).
A existência de Deus é reconhecida como fundamental ou primeira verdade. É uma instituição racional. É um fato que não requer prova. É como uma evidência da geometria. Este fato, como a existência do espaço e tempo, deve ser assumido no raciocínio, de forma a construir a base para toda observação e pensamento. (Strong, A.H. Systematic Theology. Philadelphia: Judson Press, 1907, pp 52-54).


III-           Argumentos Clássicos Para  a Existência de Deus.

Há três argumentos clássicos para a existência de Deus. Estes argumentos, derivados do homem em observação a natureza e seu raciocínio em relação a Deus, tem sido aplicados pelos pensadores religiosos desde tempos remotos. Eles são os argumentos Cosmológico, Teleológico e Antropológico.
O argumento Cosmológico posiciona a existência  de Deus como a Primeira Causa. A palavra cosmológica deriva do grego Kosmos, mundo ou arranjo ordenado.
O argumento Teleológico trata a existência de Deus como o Grande Arquiteto. A palavra “teleológico” deriva da palavra grega “telos” desenho ou fim.
O argumento Antropológico trata da existência de Deus como o legislador Moral e Juiz. A palavra “antropológica” é derivada do grego “antropos”, homem.
Estes três argumentos estão interrelacionado e são complementares entre si. Cada argumento sucessivo confirma a conclusão precedente e fornece informação adicional com respeito a Deus. O argumento cosmológico revela Deus como eterno, auto-existência como Primeira Causa. O argumento Teleológico afirma que esta Primeira Causa possui inteligência e vontade. O argumento antropológico trata outro passo adiante.Revela a inteligência pessoal da Primeira Causa como quem possui santidade, justiça e verdade.
Estes três argumentos realmente constituem partes do maior argumento. Cada argumento considerado isoladamente fica incompleto. Considerado juntos formam um valioso argumento para a existência de Deus.
1.    O argumento Cosmológico. A existência de criaturas requer a existência de um Criador. Todo efeito deve apresentar uma causa adequada. O universo não existiu sempre. Houve um tempo em que o universo não existiu. O universo necessariamente teve uma origem. O Originador, a fonte, a Primeira Causa de toda existência é Deus. De toda a existência, Deus somente não constituiu causa, não teve princípio. Antes de criar o universo, Deus já existia só. Deus é a Primeira Causa do universo. O escritor de Hebreus confirmou este argumento quando disse: “Toda casa é edificada por algum homem; mas o que edificou todas as coisas é Deus”. (Hebreus 3:4).
Archibald Alexander Hodge, professor no Seminário Teológico de Princeton (1877-1886), colocou o argumento Cosmológico em forma de silogismo:
Maior premissa – Toda nova existência ou mudança em qualquer coisa previamente existente deve apresentar a causa preexistentes e adequada.
Menor premissa – O universo como um todo em todas as suas partes é um sistema de mudanças.
Conclusão – Portanto o universo deve Ter uma causa exterior para si, e a causa definitiva ou absoluta deve ser eterna, não derivada e imutável. (Op. cit.,p 33).
O universo seria eterno ou não eterno. Teria existido desde a eternidade ou teria uma origem definida no tempo. Se o universo teve uma origem, necessariamente houve um Originador para trazê-lo a existência. Este Originador é Deus. O universo nem sempre existiu. A matéria não é eterna. O universo teve uma origem definida e Originador. A ciência moderna descobriu muitos fatores os quais provam que o universo teve um início definido no tempo. Um destes fatores é a expansão do universo. O fato de que todas as galáxias estrelares estarem flutuando longe das outras pelo espaço é indício de que elas haviam estado em ponto central um dia.
Se alguém assume que todas as galáxias que hoje vemos tem viajado pelos  *eons do tempo cósmico nas mesmas direções relativas e nas mesmas velocidades relativas – as galáxias mais distantes velozmente, as mais próximas com índices de menor velocidade – a nascente corolário emerge em que tudo começou na mesma região e ao mesmo tempo. Cálculos feitos a partir de medidas atuais de suas taxas de recessão indica que a jornada cósmica destas galáxias começaram cerca de cinco bilhões de anos atrás. O fato extraordinário sobre esta figura é que ela coincide com recentes descobertas quanto a provável idade de substâncias radiativas encontradas na crosta terrestre, e as mais velhas estrelas derivadas de modernas teorias da evolução estelar. Todas as pistas da ciência direcionam para um tempo de criação quando os fogos cósmicos eram inflamados e a vasta apresentação do presente universo veio a existir. (Barnett , Lincoln. “The World We Live in: The Starry  Universe,”Life, Dezembro 20, 1954, p.64). Para futura discussão respeito a temporalidade do universo, o leitor é direcionado para Bernard Ramm: The Christian View of Science and Scripture, pp. 151-156, (Grand Rapids: Eerdemans, 1954.).
2.    O argumento Teleológico. Deus deixou suas impressões digitais em tudo o que se fez. Para onde quer que se olhe na natureza pode-se ver os digitais de Deus. Ordem e formas em toda parte na natureza identifica o universo como manufatura de Deus.
“Os céus declaram a glória de Deus; e o firmamento mostra a obra das Suas mãos” (Salmos 19:1). “As coisas invisíveis Dele, desde a fundação do mundo são claramente vistas, compreendidas pelas coisas criadas, inclusive Seu eterno poder e divindade”. (Rom. 1:20).
“Aquele que formou o ouvido, não ouvirá? Aquele que formou o olho, não verá?” (Salmos 94:9) “Oh Senhor, quão variadas são tuas obras! Em sabedoria Tu as tem criado: a terra está cheia de tuas riquezas”. (Salmos 104:24). “Quando considero teus céus, a obra de teus dedos, a lua e as estrelas, as quais ordenaste, que é o homem, para que tu te lembres dele?” (Salmos 8:3,4). O universo em toda a sua imensidão revela habilidade e beleza artística. Se mostra como resultado de infinita sabedoria e tremendo poder. Se pode observar equilíbrio, propósito inteligente, e precisão matemática através de toda a natureza, da estrutura do átomo ao movimento das estrelas.
O universo em toda a sua complexidade e precisão não pode Ter resultado de acidente ou ocasião. É obra de um Criador inteligente.
Desde que a causa é maior que o efeito, Deus deve ser maior que Sua criação. Desde que o universo revele a obra de desenho e razão, o Criador deve possuir inteligência e vontade.
O argumento Teleológico é conhecido também como o argumento do projeto. É um dos mais freqüentemente aplicados na prova da existência de Deus por Suas obras. Foi usada por Platão quando disse: “Deus geometriza.” Este argumento foi usado por muitos outros filósofos não- Cristãos, como Cícero, Xenophon, e Goden. Talvez a mais famosa discussão sobre este argumento por um escritor cristão seja Natural Theology de William Paley. Outras obras de suporte em relação ao argumento teleológico inclue: The Bridgewater Treatises, doze volumes escritos por cientistas líderes na Inglaterra (1833-1836);  Sir James Jeans “O Misterioso Universo”; W.J. Handerson The Fitness of the Environment and the Order of Nature; F.R. Tennant Philosophival Theology; W. Fulton no artigo “Teologia” Hastings Encuclopédia of Religion and Ethes.
3.    O argumento antropológico. Os dois primeiros argumentos consideram provas derivadas do universo como um todo. O argumento antropológico considera indicações da existência  de Deus oriundos do próprio homem. A consciência do homem testifica que um Governante Moral, Legislador e Juiz, exista. Sem a existência de Deus, a consciência do homem é inexplicável. Augustus H. Strong escreveu: “A natureza moral do homem prova a existência de um santo Legislador e Juiz. Os elementos desta prova são: - (a) consciência reconhece a existência de uma lei moral que tem suprema autoridade. (b) Violações conhecidas desta lei moral são seguidas  de sentimento de desconforto e temor de juízo. (c) A lei moral, desde que não é auto imposta, e estes tratados de julgamento desde que não auto executáveis, respectivamente argumentam a existência de uma santa vontade imposta pela lei, e um poder primitivo que executará o acordo de natureza moral.”(Op.cit.,p.82). O argumento para a existência de Deus derivado da natureza Moral do homem é apresentada em parte em um do famoso livro “The Case for Christianity de C.S. Lewis. (New York: Macmillan, 1951.). A natureza intelectual do homem prova a existência de uma inteligente Primeira Causa. A natureza emocional do homem indica a existência de Um que em si é objeto de satisfação para a afeição humana. O coração humano não tem descanso “ até que descansa em Deus” (Augustine), pois Deus fez o homem. O poder de escolha do homem demanda a existência de um Ser que em Si é a meta que atrairá as mais nobres ações do homem e garante seus maiores progressos. (Strong. Op. cit., pp. 81-83).
4.    O argumento Ontológico. Somado aos três argumentos citados anteriormente , há um outro clássico argumento para a existência de Deus. É o argumento antológico. Este argumento buscou provar que Deus é infinito dado ao fato do homem, que é finito e imperfeito, Ter a idéia de um Ser perfeito e infinito.
O argumento Ontológico foi proposto por Anselm, Arcebispo de Canterbury (1693-1109), em seu Proslogium, por Des Cartes (1596-1650) em suas Meditations,  e  por Samuel Clarke (1705) em Demonstration of the Being and Atributes of God.


IV – A Testemunha do Sobrenatural

Deus revelando-se à humanidade por eventos sobrenaturais constituem indicações adicionais de Sua existência. Deus tem deixado testemunhas de Sua existência não só no universo material e na natureza moral do homem, mas também na história da vida dos homens. Deus revelando-se pelo sobrenatural implica na Sua existência.
A Bíblia como um livro divino prova a existência de Deus. Sem a existência de um autor divino, a Bíblia não pode ser explicada. O fato da existência deste maravilhoso livro prova  a existência  do Seu autor. A Bíblia relata Deus revelando-se a humanidade.
A Bíblia, portanto, é uma autêntica fonte de material para prova de Sua existência.
O cumprimento de incontáveis profecias Bíblicas em detalhes minuciosos prova a existência de Alguém que predisse estes eventos. (Isa. 45:21; 46:9-11) Milagres, os quais ocorreram na história e foram gravados na Bíblia, podem ser explicados satisfatoriamente somente como uma obra do poder sobrenatural.
A vida sobrenatural de Cristo, incluso seu singular nascimento, sua eficácia em prover milagres, e Sua ressurreição para a imortalidade, indica a existência de Deus. Um  ateísta admitiu que nem tanto a Bíblia mas sim o Cristo da Bíblia que ele não conseguia explicar.
A conversão do Cristão e a tremenda influência do cristianismo sobre o mundo só pode ser entendido pela existência  de Deus. O testemunho de milhares de pessoas que tem experimentado transformações marcantes  indica a obra sobrenatural de Cristo e a existência de Deus. Assim como se assegura a um homem cego a existência do sol pelo calor e seu brilho, assim os cristãos asseguram que Deus existe pelo efeito da transformação pelo Seu poder.




A  AUTO – REVELAÇÃO  DE DEUS

Agnósticos e cépticos afirmam que o homem conhecer de uma outra forma da existência de Deus. Eles insistem que Deus não existe, é impossível para o homem saber algo sobre Ele. Por eles, Deus escondeu –Se em obscuridade e o homem deve permanecer em perpétua ignorância respeito à Sua natureza.
O teísmo cristão, por outro lado, afirma categoricamente que a existência de Deus é certa, os homens podem conhecer muito sobre Deus. A auto-revelação de Deus é o antídoto para o agnosticismo.

I-             Deus pode ser conhecido

Os homens podem adquirir o definitivo conhecimento com respeito a existência de Deus, natureza, atributos, obras, e planos para o futuro. Embora não podemos saber tudo sobre  Deus em Sua infinita perfeição e não podemos saber tudo o que Deus sabe, podemos saber muito sobre Deus pois Ele tem se revelado ao homem.
O conhecimento do homem em relação a Deus resulta da auto revelação em resposta. Em todas as coisas Deus toma a iniciativa; Ele é sempre primeiro. Nós O amamos, pois primeiro nos amou.  Abrimos a porta de nossos corações pois Ele primeiro ficou lá batendo, buscando entrada. O pecador busca por Deus pois Deus primeiro buscou o pecador. O homem adquire conhecimento sobre Deus pois Deus primeiro revelou-se ao homem. O que o homem descobre é baseado em que Deus descobre. O que o homem adquire se faz possível pelo que Deus tem dado. Deus falou; o homem ouve. Deus descobre; o homem contempla. Deus revela a Si; o homem aprende sobre Ele.
Certamente, nunca poderíamos conhecer Deus se Ele não houvesse  Se revelado. Mas, o que dizemos por “ revelação”? Por revelação queremos dizer  o ato de Deus pelo qual ele se descobre  e comunica a verdade a mente; pelo qual Ele se fez manifesto a Suas criaturas, que de outra forma não seria conhecido. A revelação pode ocorrer num ato único e instantâneo, ou pode se estender por longo período de tempo; e esta Sua comunicação de Si e Sua verdade pode ser perceptível pela mente humana em vários degraus de perfeição. (Thiessen. Op. cit. p. 31).


II-            Como Deus se tem revelado

Deus tem se revelado de forma geral à humanidade como um todo. Ele tem se revelado de maneira especial aos crentes. De maneira geral Deus tem se revelado pelas Suas obras criadas, pela consciência do homem, e Sua intervenção na história das nações. De maneira especial Deus tem se revelado pela Bíblia e a vida de Jesus Cristo. A revelação geral de Deus tem a intenção de mostrar a existência de Deus, a culpa do homem pelo pecado, e sua necessidade de salvação. A revelação especial de Deus tem a intenção não só de revelar a natureza de Deus e o homem na necessidade de salvação, mas também mostrar a providência de Deus para salvação pela Sua graça e a morte sacrificial de Cristo.

1.    Revelação Geral de Deus. Os homens podem aprender alguns fatos sobre Deus pela observância das coisas que Deus fez. Num certo grau a criatura revela o Criador. “Pois Suas coisas invisíveis desde a criação do mundo são claramente vistas, inclusive seu eterno poder e divindade; de forma que eles ficam inescusáveis.” (Rom. 1:20). “ Contudo, não deixou de testemunhar de si, em que fez misericórdia, e nos deu chuva do céu, e estações frutíferas, enchendo nossos corações de mantimento e alegria”. (Atos 14:17).
Deus tem se revelado como Legislador Moral e santo Juiz pela consciência do homem. Paulo disse, “Pois quando os gentios, que não tem a lei, fazem pela natureza as coisas contidas na lei, estes, não tendo lei, são a lei para si mesmos: os quais mostram a lei escrita em seus corações, tendo sua consciência como testemunha, e seus pensamentos, quer acusando ou defendendo-os”. (Rom. 2:14,15).
Então, Deus tem se revelado a humanidade através de Sua obra de providência na história das nações. Os juízos divinos históricos – o dilúvio, dispersão das nações da Torre de Babel, destruição de Sodoma e Gomorra, as pragas do Egito, o cativeiro de Israel, etc. – foram revelações de Deus. Previsões cumpridas feitas por Deus com respeito as antigas nações foram divinamente auto-revelações. Em Sua providência Deus usa uma nação para punir outra nação e tem Suas mãos que guiam o destino das nações. (Leia Habacuque).
De acordo  com Ezequiel o reconhecimento da obra de Deus entre as nações será o principal resultado no cumprimento de futuras profecias.
A frase chave de Ezequiel é “e eles saberão que Eu sou Deus.”

2.    Revelação especial de Deus. A grande mensagem de Deus para a humanidade está gravada na Escritura. A Bíblia é o principal meio através do qual Deus tem se revelado à raça humana. “ A escritura do Antigo e Novo Testamento são os únicos órgãos mediante os quais, durante a presente dispensação, Deus transmite a nós o conhecimento de sua vontade sobre o que devemos crer em relação a Ele, e que obrigação Ele requer de nós.”(Hodge, A.ª Op. cit., p.82). Para aprender sobre Deus, deve-se estudar e meditar sobre Suas palavras. A Bíblia registra a revelação que Deus faz de Si através do Seu unigênito Filho, Jesus Cristo. Em sua vida imaculada Jesus refletiu o santo caráter de Deus. Em Seus ensinos e milagres Jesus revelou a vontade de Deus e a mensagem para o homem. Em Seu sacrifício de morte Jesus revelou o infinito amor de Deus e a providência para salvação. Em sua ressurreição gloriosa para a imortalidade, Jesus revelou o infinito poder de Deus e a promessa da futura ressurreição dos crentes. “Deus, que em tempos diversos e por várias maneiras falou no passado aos pais pelos profetas, tem nos últimos dias falado conosco por Seu filho. “ Heb. 1:1,2). Jesus é uma janela aberta através de Quem se pode ver claramente a auto-revelação de Deus.
 O estudo da palavra inspirada  de Deus é naturalmente necessário para se aprender da revelação de Deus através de Cristo.

III-           Inspiração da Bíblia

Os sessenta e seis livros da Bíblia constituem a palavra inspirada de Deus.
A Bíblia é genuína. Os livros da Bíblia são autênticos. Eles não são falsificados. Atualmente os livros foram escritos por homens para os quais são aplicados. Por exemplo, o evangelho de Marcos foi escrito por Marcos, a Epístola aos Romanos foi escrito por Paulo e o Apocalipse foi escrito por João. Eles não são espúrios. Eles não foram escritos por homens nos últimos séculos. Eles são genuínos.
A Bíblia é confiável. Os livros da Bíblia relatam eventos que aconteceram atualmente e descreve homens que realmente viveram.
Os ensinos doutrinários escritos na Bíblia são verdade. Os homens que escreveram a Bíblia foram honestos. Seus escritos harmonizam entre si perfeitamente. A história e a arqueologia confirma a veracidade da Bíblia. Estes mostram que a Bíblia não é fictícia mas confiável.
Os sessenta e seis livros da Bíblia são canonicos e constituem o canon completo das Sagradas Escrituras. Eles são os únicos livros que se qualificam como os que incorporam com autoridade de divina revelação. A Bíblia  é inspirada. Ela teve origem sobrenatural. É a Palavra de Deus, a mensagem de Deus”. “Toda escritura é dada pela inspiração de Deus”. (2 Tim. 3:16). “Pois a profecia não veio antigamente pela vontade do homem: mas santos homens de Deus falaram a medida que eram movidos pelo Espírito Santo.” (2 Pedro 1:21).
Por inspiração verbal significa que, nos escritos originais, o espírito guiou na escolha das palavras usadas. Entretanto, a autoria humana foi respeitada para se compreender que as características dos escritores foram preservadas e seus estilos e vocabulários foram aplicados, mas sem cometimento do erro.
Mediante plena inspiração diz-se da precisão que assegura a inspiração verbal, extensivo a toda parte da Bíblia, de forma que em todas partes são infalíveis quanto à verdade e final como divina inspiração. (Chafer. Op.cit.,Vol. I., p.71).
A inspiração da Bíblia é evidenciada dado ao fato da própria Bíblia afirmar ser a inspiração da Palavra de Deus. Os escritores do Velho Testamento, por exemplo, usaram muitas colocações como “Então disse o Senhor” mais de 3800 vezes. Jesus e os apóstolos reconheceram o Antigo Testamento como digno de autoridade e inspirado. Os apóstolos afirmaram Ter recebido o Espírito e terem falado sob Sua influência e autoridade. A maravilhosa unidade do escrito Bíblico por mais de quarenta homens durante um período de tempo ou mais de dezesseis séculos mostra sua origem divina. O exato cumprimento das profecias, o sublime padrão de conduta requerida pelos homens, a tremenda influência que tem exercido na vida dos homens, a sobrevivência por séculos de oposição, e sua confirmação pela arqueologia, história , e verdadeira ciência estão entre as tantas evidências
da inspiração da Bíblia.



A PERSONALIDADE DE DEUS

Deus é uma pessoa vivente. Ele possui vida, auto-existência , e caráter. Os três elementos da personalidade são intelecto, sensibilidade e vontade. Ele que é uma pessoa tem habilidade para pensar, sentir e escolher. A Bíblia prova que Deus é uma pessoa descrevendo os atributos de Sua personalidade. Deus tem habilidade pra pensar, sentir e escolher. Ele vê, ouve, conhece, fala, ama, deseja e trabalha.
A verdadeira religião se faz possível porque Deus é uma pessoa a quem o crente pode amar, adorar, conhecer, e obedecer.
Um relacionamento pessoal entre Deus e o homem tem sido possível porque Deus é uma pessoa e o homem foi criado à Sua imagem. Quando o crente ora , ele sabe que Deus verá e ouvirá e responderá. A salvação é o processo mediante o qual os pecadores são colocados em uma relação redentiva com esta pessoa divina pela obra mediatória de Jesus Cristo.


I-             Uma Pessoa Vivente

Ele que criou, sustenta, e governa o universo, é uma pessoa vivente. “Vós deveríeis converter-vos destas vaidade ao Deus vivo, que fez o céu, a terra, o mar e as coisas que nele há”(Atos 14:15). O Criador é maior que a criatura.
O Autor da vida deve ter tido vida em Si de forma a dar vida a Suas criaturas.
Os homens possuem vida e personalidade. Eles tem ao poder de autoconsciência e autodeterminação. Visto que Deus é maior que o homem, Deus deve ser uma pessoa vivente.
Paulo usou um argumento similar quando ele tratava com os filósofos em Atenas. “Pois Nele nós vivemos, e movemos, e existimos; tão certo também vossos poetas disseram: Somos também  sua geração. Portanto então como sendo geração de Deus, nós não havemos de pensar que a divindade é como o ouro, prata, a pedra, esculpida pela arte e projeto do homem.” (Atos 17:28,29).


II- Existência - Própria


O vivente, e Deus pessoal é auto-existente. A fonte de Sua existência está em Si. Todos os homens e criaturas no universo estão dependentes de Deus para vida. Estes receberam suas existências através Dele. Se não fosse por Deus, estes não poderiam viver. Deus, por outro lado, possui vida em Si mesmo. Ele existe sem dependência de Suas obras. Deus vive antes da criação do universo. O universo está dependente de Deus, mas Deus independe do universo para existir.

III- NEGAÇÃO DA PERSONALIDADE DE DEUS

1.    IDOLATRIA. Os homens que adoram ídolos negam a personalidade de Deus. Denunciando a idolatria que prevalecia nas antigas nações, os profetas bíblicos fortemente enfatizaram a verdade em ser Deus uma pessoa vivente. Eles mostraram que os ídolos são inanimados, sem vida, impessoal. “Seus ídolos são prata e ouro, a obra das mãos dos homens. Eles tem boca, mas não falam, olhos tem, mas não vêem: tem ouvido, mas eles não ouvem: narizes, mas eles não cheiram: eles tem mãos, mas não tocam: eles tem pés, mas não andam: nem mesmo falam por suas......Eles que os fizeram são semelhantes, assim como qualquer que nele confiam. Oh, Israel, confia no Senhor: Ele é vossa ajuda e vossa....”(Salmos 115:4-9). Descrevendo Deus em contraste aos ídolos, Jeremias declarou, “Mas o Senhor é o verdadeiro Deus, Ele é o Deus vivo, e um rei eterno”. (Jer. 10:10).
Os profetas bíblicos mostraram a superioridade de Deus em relação aos ídolos dizendo que os ídolos são coisas enquanto Deus é uma pessoa. Os homens fazem ídolos, mas Deus fez os homens. Se os construtores de ídolos são homens, muito mais verdade ainda é que Deus é uma pessoa!

2.    MATERIALISMO. Muitos modernos filósofos negam a personalidade de Deus. Alguns homens referem-se a Deus como lei ou Força impessoal. Eles o comparam a eletricidade, gravidade, ou energia atômica. Eles o descrevem como poder infinito e impessoal. Outros homens pensam em Deus como um mero ideal. Eles dizem que Deus é um outro nome para bondade, verdade e beleza. Este pensamento é freqüentemente expresso na literatura

3.    PANTEÍSMO. O panteísmo nega a personalidade de Deus.Ele afirma que Deus é tudo e tudo é Deus. Deus inexiste sem Suas criaturas. Ele afirma que se o universo deixar de existir, Deus assim cessaria a existência. Por vezes Ele é descrito como a “Palavra Alma”, “Pensamento Universal”, a “Divino Princípio.”  Muitos cultos religiosos modernos incorporam o panteísmo. Alguns destes cultos que negam a personalidade de Deus são a Ciência Cristã, Unidade, Divina Ciência, Theosofia e Espiritualismo.Os cristãos bíblicos rejeitam o panteísmo. Eles afirmam crer em Deus como uma pessoa vivente e amável. Com Paulo declaram: “Nós confiamos no Deus vivo.” ( I Tim. 4:10).


 NATUREZA FÍSICA DE DEUS

Qual a natureza física de Deus? Ele possui um corpo como os homens apresentam? Deus é orgânico ou inorgânico? Ele é material ou imaterial? Existe 2 teorias concernentes a natureza física de Deus: (1) A teoria imaterialista, e (2) a teoria antropomórfica.

1.    A Teoria Imaterialista. Alguns homens acreditam que Deus é uma pessoa mas que Ele não tem corpo físico material. A Profissão de Fé de Westminister declara: “Existe um Deus vivo e verdadeiro, que é infinito na existência e perfeição, um mais puro espírito, invisível, sem corpo, partes a paixões.” De acordo com esta teoria, Deus criou o homem em Sua imagem intelecto-moral mas não na Sua imagem física. Os escritos que posicionam que Deus tem uma cabeça, cabelo, mente, face, olhos, ouvidos, nariz, boca, voz, braço, mãos, pés e habitando lugares são explicados como sendo meramente expressões humana usadas pelos escritores bíblicos de maneira a dar o conteúdo infinito à compreensão do homem finito. Os homens que crêem que Deus é imaterial geralmente chamam suas teorias: “ a espiritualidade de Deus.” Na busca de prova esta teoria, eles citam João 4:24, “Deus é espírito.”
2.    A Teoria Antropomórfica. Outros homens crêem que Deus tem um corpo real, literal e material. Esta teoria assegura que Deus cria o homem em Sua imagem física, bem como em Sua imagem intelectual e moral. Os homens que acreditam que Deus tem uma natureza material aceitam literalmente as escrituras que descrevem Deus como tendo corpo físico .Estes que crêem assim explicam que aquele verso, “Deus é espírito” (João 4:24), não tem intenção de descrever Deus em contraste com a matéria, mas sim que Deus pode ser encontrado onde quer que o coração humano O busque.



A UNIDADE DE DEUS

Deus é um. Há uma só pessoa que é Deus. Antes de vir a existir o universo, o vivo, pessoal e auto-existente Deus existia só. Este ser infinito e perfeito é único. Não há outro igual. Ele  é o único na Sua classe. Na Sua natureza, personalidade e atributos Deus é inteiro e indivisível.
A unidade de Deus inclui dois pensamentos primários: a singularidade e unidade do caráter de Deus. A singularidade de Deus dá-se no fato que existe uma só pessoa no universo que é a fonte suprema e governador de todas as coisas. A unidade do caráter de Deus refere-se a verdade de Sua natureza indivisível.

I.              Maior verdade da Bíblia

O fato de que existe um só Deus é um fundamento ensinado na Bíblia. Esta foi  a mensagem básica dos profetas e apóstolos. É o alicerce de verdade do evangelho. ”Um Deus e Pai de todos, que é sobre tudo, por tudo e em tudo.” (Efes. 4:6). “Há um Deus, e um mediador entre Deus e os homens, o homem Cristo Jesus”. (I Tim. 2:5). “Para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas, e nós Nele; e um Senhor Jesus Cristo, por quem são todas as coisas, e nós por Ele.” (I. Cor. 8:6).
1.    Um Deus. A Bíblia claramente coloca que há um Deus. Os escritores da Bíblia mostram que Deus é indivíduo único, um Ser único. Deus é um, existe uma só pessoa que é Deus. A palavra “um” é do grego “Leis” e do hebraico “echad”.

·         Efésios 4:6                                                         Um Deus e Pai de todos
·         I Timóteo 2:5                                                       Há um só Deus
·         I Coríntios 8:4                                                      Nenhum outro Deus, mas um
·         I Coríntios 8:6                                                      Há um só Deus, o Pai
·         Tiago 2:19                                                            Há um só Deus
·         Gálatas 3:20                                                         Deus é um
·         Mateus 19:17                                                        Ninguém bom, mas um, que é Deus
·         Marcos 10:18                                                        Ninguém bom, mas um que é Deus
·         Marcos 12:29                                                        O Senhor nosso Deus é o único Senhor
·         Deuteronomio 6:4                                                 O Senhor nosso Deus é o único Senhor
·         II Samuel 7:22                                                       Outro Deus além de mim.
·         I Crônicas 17:20                                                    Outro Deus além de ti.
·         Zacarías 14:9                                                         Um Senhor e um Seu nome
·         Malaquias 2:10                                                      Um Deus nos criou

2.    O único Deus. A Bíblia ensina a simples unidade de Deus não somente posicionando que Ele é um, mas também afirmando que Ele é o único Deus. A palavra “somente” significa só, por Si, aparte, estar solitário. A palavra “só” é do grego “monos” e do hebraico “bad”.

·         João 17:3                                                                 Ti único Deus verdadeiro
·         I Timóteo 1:17                                                        O único sábio Deus
·         I Timóteo 6:15                                                        O bendito e único Soberano
·         Judas 4                                                                     Negando o único Senhor Deus
·         Judas 25                                                                   O único sábio Deus
·         II Reis 19:15                                                             Tu somente
·         II Reis 19:19                                                             Tu unicamente
·         Neemias                                                                    Tu és único Senhor
·         Salmos 83:18                                                            De quem o único nome é Jeová
·         Salmos 86:9,10                                                         Tu és único Deus
·         Isaías 44:24                                                               Estendeu o céu sozinho

3.    Não há outro. Todos os outros são exclusão. Não há ninguém mais.
Deus é único, fora Ele não há outro. Dê atenção especial aos seguintes escritos que afirmam que Deus é singular.

·         Marcos 12:32                                                            Não há nenhum outro mas Ele
·         I Coríntios 8:4                                                           Não há outro Deus mas um
·         Deuteronomio 4:35                                                   Não há ninguém c/em dele
·         Deuteronomio 4:39                                                   Não há ninguém mais
·         Deuteronomio 32:39                                                 Não há deus comigo
·         I Samuel 2:2                                                              Não há ninguém além de Ti
·         I Reis 8:60                                                                 Não há ninguém mais
·         Isaías 43:10                                                               Antes de mim não houve Deus, nem depois
·         Isaías 43:ll                                                                 Além de mim não há Salvador
·         Isaías 44:6                                                                 Além de mim não há Deus.
·         Isaías 44:8                                                                 Eu não conheço nenhum outro
·         Isaías 44:5                                                                 Não há Deus além de mim
·         Isaías 45:6                                                                 Não há ninguém além de mim
·         Isaías 45:14                                                               Não há ninguém mais
·         Isaías 45:18                                                              Não há ninguém mais
·         Isaías 45:21                                                               Não há Deus além de mim
·         Isaías 45:22                                                               Eu sou Deus, não há ninguém mais
·         Isaías 46:9                                                                 Eu sou Deus, não há ninguém mais
·         Jeremias 10:10                                                          O Senhor é o verdadeiro Deus
·         Joel 2:27                                                                    Ninguém mais.

II – Indicação da singularidade de Deus

l. Atributos Infinito de Deus. A singularidade de Deus é requerida dado ao fato de ser Deus infinito. A realidade permite a existência de uma só pessoa que seja absolutamente perfeita. Só pode haver uma pessoa que é suprema. A pré – eminência exclui qualquer outra possibilidade . Quando se fala do original, a fonte, a primeira causa, a maior, o mais alto, o supremo, o definitivo, o final, refere-se a posição que somente uma pessoa pode ocupar. A superioridade infinita de Deus demanda que Ele seja a unidade singular, um  único ser, um só indivíduo.
Para que exista mais de um infinito Deus seria uma contradição de pensamento. Se várias pessoas existissem como Deus, estes seriam limitados entre si. Necessitariam ser finitos. Nenhum poderia ser tudo em todos – um único supremo Deus.
A idéia de Deus é apropriada a um indivíduo, e não admite aplicação a mais de um. Nada pode existir acima de Deus, ou igual a Ele, ou que não dependa Dele. Ele não é unicamente o primeiro e melhor, mas o maior dos seres; e consequentemente, Ele se põe único no universo.
O que queremos dizer por Deus como um ser que é infinito e absolutamente perfeito? A idéia de dois deuses iguais  é imaginário. Pode haver mais reis que um só, pois a realeza só requer que alguém esteja vestido de soberana autoridade nos seus próprios domínios; mas não pode haver uma pluralidade de deuses, por causa, da natureza das coisas, somente um pode possuir todas as perfeições. (Wakefield, Samuel. Christian Theology. New York: Nelson  Phillips, 1873, pp. 140,141).

2.A Unidade da Natureza. A unidade da natureza revela a unidade de Deus. Todas as coisas criadas não formam o multiverso mas o universo. O universo evidencia por si sendo obra de uma mente, um poder, uma vontade – um Deus. Cada nova descoberta científica enfatiza a verdade da unidade da natureza e singularidade de Deus.
A estrutura e a maneira que está constituído o mundo, apresenta a nós harmonia, uma ordem, uma uniformidade no plano que mostra que seu Criador e Preservador é um. Nós vemos evidências de uma só vontade e uma só inteligência; e portanto, há um só Deus. Se uma administração governamental perfeitamente regular e uniforme em um Estado prova a unidade da força governamental não provaria ser  único o Administrados e Governador se esta uniformidade fosse observado dentro das leis e operações da natureza? A única conclusão racional destas fontes de evidências é, portanto, que o “Senhor nosso Deus é um.”(Ibid, 141,142.).

3. Natureza Psicológica do Homem. O homem encontra singularidade de vida e um único Deus. A unidade da personalidade e propósito é descoberta pela fidelidade a um Deus. “Ouve, oh Israel; O Senhor nosso Deus é o único Senhor: amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração, e com toda tua alma, e com toda tua força”.(Deut. 6:4,5). Porque Deus é supremo, os homens devem adorá-lo com grandeza. Por ser Deus único, os homens devem amá-lo com singularidade. O único Deus que é tudo insiste em total lealdade em Suas criaturas. A psicologia reconhece a necessidade para um princípio organizado na vida do homem. Todo círculo precisa de um centro. Todo sistema solar necessita de um sol. Toda vida necessita de suprema fidelidade para Ter unidade e propósito. Em suprema fidelidade para um Deus, o homem encontra um centro para seu círculo e adequado propósito para sua vida.

III- Três Religiões Monoteístas


Há três maiores religiões que afirmam crer na unidade de Deus. Estas religiões são judaísmo, mohamedanismo e cristianismo. O Monoteísmo, é claro, é a crença na existência de um Deus. É o oposto do politeísmo.

1.    JUDAÍSMO. A religião de Israel  é baseada na crença de um Deus que tem Se revelado à nação através da lei e profetas. A oração mais importante do judaísmo declara a unidade de Deus. (Deut. 6:4).
Havendo sido dispersos da Torre de Babel, quase que universalmente as nações foram submersas no paganismo e idolatria. Através de Abraão Deus formou Sua própria nação especial, a colocou na Palestina no cruzamento dos continentes, e ordenou que ela deveria ser testemunha missionária para Ele, o único Deus verdadeiro. Deus propôs que Israel deveria ser um reino de “sacerdotes” (Ex. 19:6). Os Israelitas deveriam adorá-lo como único Deus e se fazerem o meio para conversão de outras nações do politeísmo para o monoteísmo. É um grande fato revelado que o maior obstáculo para a aceitação dos judeus ao cristianismo é a falsa doutrina da trindade que é crida por grande parte da cristandade. Os judeus alicerçados no puro monoteísmo sabem que não se pode crer consistentemente em ambos a doutrina da trindade e o ensino bíblico concernentes ao único verdadeiro Deus.

2.    Mohamedanismo – Mohamedanismo, nomeado depois de seu fundador Mohamed  que viveu no VII século, acredita na existência de uma deidade chamada Allah. Mohamedanismo emprestou alguns destes elementos do judaísmo e cristianismo. Este, como o judaísmo, crê em Abraão como um de seus patriarcas. Ele considera que Mohamed é o profeta superior de Allah.

3.    Cristianismo – Cristianismo é superior a todas as religiões. É a única verdadeira religião. Jesus é o único salvador. Ele é o único caminho até Deus, não há possibilidade de salvação sem Ele. O cristianismo é baseado no monoteísmo. O Deus do Antigo Testamento é o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. O cristianismo no Império romano constantemente conflitou com o paganismo. A unidade de Deus naturalmente se tornou a doutrina fundamental da igreja Apostólica. Onde quer que eles fossem, os primeiros missionários da Igreja proclamavam a verdade da Unidade de Deus. Seus convertidos “voltaram dos ídolos para Deus para servir o vivo e verdadeiro Deus” (I Ts. 1:9). Escrevendo à Igreja na idólatra cidade de Corinto, Paulo afirmou: Nós sabemos que um ídolo é nada no mundo, é que não há outro Deus, mais um. Embora haja os que são chamados deuses, quer no céu e na terra, (como se houvesses muitos deuses e muitos senhores) mas para nós existe um Deus, o Pai, de quem são todas as coisas, e nós Nele; e um Senhor Jesus Cristo, por quem são todas as coisas, e nós por Ele.” (I Cor. 8:4-6).

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