Autenticidade da heranca Hebraica nos ensinos de
Yeshua
A finalidade
e’ amostrar alguns exemplos dos conceitos judaicos do primeiro século que podem
ser observados nos ensinos de Yeshua e no comportamento de seus discípulos.
A fe’ que muitos chamam crista em nossos nunca
poderá negligenciar a evidencia dos vários aspectos judaicos em seus ensinos. O
apostolo Paulo adverte que aqueles que são enxertados nunca podem e não devem
se ensoberbecer contra a raiz, mas reconhecer os benefícios pela bondade e possibilidade
de ter porta aberta o gentio que entende a importância e honra de ser enxertado
em Israel. (Rom. 3: 1-3; Rom. 9: 1- 4)
A parábola da
cana e do carvalho
Um conceito
judaico dos ensinos de Yeshua aparece nas parábolas, exemplo de quando ele se
dirige para uma multidão e pergunta a respeito de Yochanan, o batizador:
“Enquanto
saíam os discípulos de João, Jesus começou a falar à multidão a respeito de
João: "O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?”
(Mat. 11: 7)
Existia uma
parábola bem conhecida no judaismo do primeiro seculo conhecida como “o
carvalho e a cana”. Sem um entendimento dessa parábola ‘e dificil que
interpretemos o imaginário que fica atrás da passagem citada.
De acordo com
a parábola, um carvalho gigante e uma cana estavam juntas planatadas na margem
do rio. No momento de uma tempestade, as raízes do carvalho se mantinham
firmes, permitindo a resistência diante dos ventos.
Porem, ele poderia cair
diante de um vento de maior capacidade.
Não havia
nada comprometedor em relação ao carvalho. A cana por outro lado se dobraria de
um lado para outro, mesmo diante de uma leve brisa.
A conclusão
da historia era que o carvalho, diante de sua recusa de comprometimento poderia
perder a vida na tempestade, mas a cana iria sobreviver diante ao fato de se
dobrar pelas circunstancias.
Com certeza
Yeshua pontuava essa historia ao perguntar sobre Yochanan, em outras palavras
seria o equivalente a dizer:
“Imaginam que
Yochanan, um profeta de Deus, fosse alguém sem coragem de reação?”
Os judeus que
ouviram estas palavras entenderam e não mais perguntaram alguma coisa.
“Não lhes
dizia nada sem usar alguma parábola. Quando, porém, estava a sós com os seus
discípulos, explicava-lhes tudo.” (Marc. 4:34)
O ensino por
parábolas era bem conhecido no meio judaico do primeiro seculo era conhecido
como “aggadah”
e literalmente milhares de historias foram preservadas. Os judeus dos dias de
Yeshua criam que as referencias legais eram por decisão, porem aggadah era por inspiraco.
A família sacerdotal
Um outro exemplo do judaísmo aplicado na pratica do
primeiro século pode ser observado logo após a ressurreição de Yeshua:
“Então Pedro saiu com o outro
discípulo, e foram ao sepulcro.E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo
correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. E,
abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou.” (João 20:3-5)
Quando Keifa e Yochanan correram ate o sepulcro vazio, o apostolo Keifa
entrou de imediato, mas Yochanan se deteve e não entrou. A razão da hesitação
de Yoschanan estava no fato de que ele era membro de família de sacerdotes e de
acordo com alei judaica ele não poderia se impurificar com corpo de alguém
morto.
“E Simão
Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo
sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote.E Pedro estava da parte
de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo
sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro.” (João 18:15-16)
Nesta outra citação ocorre que Yochanan adentra a sala do sumo
sacerdote, porem Keifas permanecia do lado de fora.
“E Anás, o
sumo sacerdote, e Caifás, e João, e Alexandre, e todos quantos havia da
linhagem do sumo sacerdote.” (Atos dos Apóstolos 4:6)
Aqui vemos que Yochanan era da
linhagem sacerdotal.
Infelizmente por existirem vários indivíduos
no novo testamento que tinham nome de Yochanan, o texto não fica claro a
respeito de quem se fala. Os estudiosos não estão certos a respeito do Yochanan
que seguiu Keifa ate o sepulcro, mas em geral concordam ser o mesmo personagem
dado o comportamento.
Desqualificando
um servo
“E um dos que
ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote, e
cortou-lhe uma orelha.”(Marcos 14:47)
Este servo que teve a orelha cortada não era um simples servo, mas sim
alguem que trabalhava junto e assistia ao sacerdote conhecido como segan
hacohanim. Alguns teólogos sugerem que Keifa tinha desejo de cortar a
cabeça deste servo, porem o apostolo fez exatamente aquilo que intentava fazer
ao cortar a orelha deste assistente do sacerdote pois de acordo com a lei
judaica, perder uma orelha não apenas deixava a pessoa numa situação vergonhosa
como também o impedia de prestar serviços no templo.
“Pois nenhum homem em quem houver alguma deformidade se chegará; como
homem cego, ou coxo, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos,
ou homem que tiver quebrado o pé, ou a mão quebrada, ou corcunda, ou anão, ou
que tiver defeito no olho, ou sarna, ou impigem, ou que tiver testículo
mutilado. Nenhum homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem houver
alguma deformidade, se chegará para oferecer as ofertas queimadas do Senhor;
defeito nele há; não se chegará para oferecer o pão do seu Deus.”( Lev. 21:18-21)
Keifa
nesse ato não fazia algo que era novidade. Existiram outros episódios similares na historia.
No ano 40 aC, Hyrcanus II teve sua orelha cortada pelo persa Antigonus que era um candidato ao
sacerdócio. Durante o reinado de Herodes
isso
ocorreu mais de uma vez e, Flavio Josephus menciona isso em suas historias. A
Mishnah da detalhes desta pratica, dizendo em verdade o lobulo da orelha era a
parte cortada.
Kal-ve-chomer
“Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e
lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele
lançado no inferno. E, se a sua mão
direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora. É melhor perder uma parte do seu
corpo do que ir todo ele para o inferno.” (Mat. 5: 29, 30)
Este
verso que aparentemente sugere algo muito absurdo, quando, retirado do contexto
judaico, mostra-se como um dos ensinos mais comuns nos dias de Yeshua, um
método conhecido como Kal-ve-omer, “leve e pesado”.
O
metodo utilizado retrata estágios do pecado, o primeiro como um status de
pecado leve e o segundo como sendo pesado. (Mat. 23: 23)
O
propósito por trás disso era prevenção de que um erro atingisse um estagio mais
abrangente. Palavras ou situações similares podem ser encontradas em
literaturas judaicas em que frases como: “A mao que promove abuso entre os
homens, permita que seja cortada,” faz referencia ou sugere o paralisar de um
ato em seu estagio inicial antes que atinja outro estagio mais “pesado”,mas
nunca obvio o cortar literal da mao ou mãos.
Enterro Secundario
“E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que
primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa
os mortos sepultar os seus mortos.” (Mateus 8:21-22)
Antes de dar seguimento para um
possível ministério um homem pede a Yeshua que permita-lhe sepultar o próprio
pai. A aparente negativa ao pedido deste homem não fere o direito de honrar e
cuidar dos pais e sim referencia uma tradição judaica que se violada contraria
a Escritura.
A tradição requer que a pessoa morta
seja colocada na sepultura no mesmo dia. (Deut. 21: 22, 23; Joao 19:31; Atos 5:
6- 10). Este seria o primeiro sepultamento.
A família então observava um período
de sete dias de luto chamado shivah dentro do qual não se permitia
sair de casa. Depois que o morto era colocado no sepulcro, ali era deixado para
decompor-se. O Talmud de Jerusalem diz: “Quando a carne já estava decomposta,
os ossos eram coletados e armazenados em pequenos baús chamados ossuários.
Depois que a carne não existisse cobrindo os ossos, os ossos eram colocados ns
ossuários e cessava-se o luto.
Esta
transferência dos ossos para o ossuário era conhecida como segundo
sepultamento. Isso era feito pelo filho mais velho que levava os ossos para
cidade de Jerusalem ou para um ossuário da família, onde ficava junto dos ossos
dos seus antecessores. Esta pratica se tornou comum no primeiro século, mas
tinha um conceito não escrituristico que de aparentemente não era aprovado por
Yeshua.
A
desaprovação de Yeshua provavelmente aconteceu porque se apregoava que que um
corpo em decomposição entre o sepultamento e a coleta dos ossos expiava os
pecados da pessoa morta.
No
segundo sepultamento o filho poderia alegrar-se quando visse os ossos de seu
pai ao lado dos ancestrais, porque somente após a carne pecaminosa não existir
‘e que os ossos poderiam estar ao lado dos deles.
Yeshua
não estava tirando o direito do filho de cumprir o quinto mandamento, mas se
mostrou contra a ideia de que o segundo sepultamento pudesse expiar pecados.
Alguns sugerem que este fato ocorreu perto da festa dos tabernaculos porque
Yeshua e seus discípulos estavam curando em Jerusalem e esta seria uma boa
ocasião para transportar os ossos de seu pai para a cidade santa.
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