segunda-feira, 28 de abril de 2014

Autenticidade da heranca Hebraica nos ensinos de Yeshua



Autenticidade da heranca Hebraica nos ensinos de Yeshua



A finalidade e’ amostrar alguns exemplos dos conceitos judaicos do primeiro século que podem ser observados nos ensinos de Yeshua e no comportamento de seus discípulos.

A fe’  que muitos chamam crista em nossos nunca poderá negligenciar a evidencia dos vários aspectos judaicos em seus ensinos. O apostolo Paulo adverte que aqueles que são enxertados nunca podem e não devem se ensoberbecer contra a raiz, mas reconhecer os benefícios pela bondade e possibilidade de ter porta aberta o gentio que entende a importância e honra de ser enxertado em Israel. (Rom. 3: 1-3; Rom. 9: 1- 4)

A parábola da cana e do carvalho

Um conceito judaico dos ensinos de Yeshua aparece nas parábolas, exemplo de quando ele se dirige para uma multidão e pergunta a respeito de Yochanan, o batizador:

“Enquanto saíam os discípulos de João, Jesus começou a falar à multidão a respeito de João: "O que vocês foram ver no deserto? Um caniço agitado pelo vento?” (Mat. 11: 7)

Existia uma parábola bem conhecida no judaismo do primeiro seculo conhecida como “o carvalho e a cana”. Sem um entendimento dessa parábola ‘e dificil que interpretemos o imaginário que fica atrás da passagem citada.

De acordo com a parábola, um carvalho gigante e uma cana estavam juntas planatadas na margem do rio. No momento de uma tempestade, as raízes do carvalho se mantinham firmes, permitindo a resistência diante dos ventos. 

Porem, ele poderia cair diante de um vento de maior capacidade.
Não havia nada comprometedor em relação ao carvalho. A cana por outro lado se dobraria de um lado para outro, mesmo diante de uma leve brisa.

A conclusão da historia era que o carvalho, diante de sua recusa de comprometimento poderia perder a vida na tempestade, mas a cana iria sobreviver diante ao fato de se dobrar pelas circunstancias.

Com certeza Yeshua pontuava essa historia ao perguntar sobre Yochanan, em outras palavras seria o equivalente a dizer:

“Imaginam que Yochanan, um profeta de Deus, fosse alguém sem coragem de reação?”
Os judeus que ouviram estas palavras entenderam e não mais perguntaram alguma coisa.

“Não lhes dizia nada sem usar alguma parábola. Quando, porém, estava a sós com os seus discípulos, explicava-lhes tudo.” (Marc. 4:34)

O ensino por parábolas era bem conhecido no meio judaico do primeiro seculo era conhecido como “aggadah” e literalmente milhares de historias foram preservadas. Os judeus dos dias de Yeshua criam que as referencias legais eram por decisão, porem aggadah era por inspiraco.

A família sacerdotal

Um outro exemplo do judaísmo aplicado na pratica do primeiro século pode ser observado logo após a ressurreição de Yeshua:

Então Pedro saiu com o outro discípulo, e foram ao sepulcro.E os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais apressadamente do que Pedro, e chegou primeiro ao sepulcro. E, abaixando-se, viu no chão os lençóis; todavia não entrou.” (João 20:3-5)

Quando Keifa e Yochanan correram ate o sepulcro vazio, o apostolo Keifa entrou de imediato, mas Yochanan se deteve e não entrou. A razão da hesitação de Yoschanan estava no fato de que ele era membro de família de sacerdotes e de acordo com alei judaica ele não poderia se impurificar com corpo de alguém morto.

“E Simão Pedro e outro discípulo seguiam a Jesus. E este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus na sala do sumo sacerdote.E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro.”  (João 18:15-16)


Nesta outra citação ocorre que Yochanan adentra a sala do sumo sacerdote, porem Keifas permanecia do lado de fora.
“E Anás, o sumo sacerdote, e Caifás, e João, e Alexandre, e todos quantos havia da linhagem do sumo sacerdote.”  (Atos dos Apóstolos 4:6)

Aqui vemos que Yochanan era da linhagem sacerdotal.
Infelizmente por existirem vários indivíduos no novo testamento que tinham nome de Yochanan, o texto não fica claro a respeito de quem se fala. Os estudiosos não estão certos a respeito do Yochanan que seguiu Keifa ate o sepulcro, mas em geral concordam ser o mesmo personagem dado o comportamento.

Desqualificando um servo

 “E um dos que ali estavam presentes, puxando da espada, feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe uma orelha.”(Marcos 14:47)

Este servo que teve a orelha cortada não era um simples servo, mas sim alguem que trabalhava junto e assistia ao sacerdote conhecido como segan hacohanim. Alguns teólogos sugerem que Keifa tinha desejo de cortar a cabeça deste servo, porem o apostolo fez exatamente aquilo que intentava fazer ao cortar a orelha deste assistente do sacerdote pois de acordo com a lei judaica, perder uma orelha não apenas deixava a pessoa numa situação vergonhosa como também o impedia de prestar serviços no templo.

“Pois nenhum homem em quem houver alguma deformidade se chegará; como homem cego, ou coxo, ou de nariz chato, ou de membros demasiadamente compridos, ou homem que tiver quebrado o pé, ou a mão quebrada, ou corcunda, ou anão, ou que tiver defeito no olho, ou sarna, ou impigem, ou que tiver testículo mutilado. Nenhum homem da descendência de Arão, o sacerdote, em quem houver alguma deformidade, se chegará para oferecer as ofertas queimadas do Senhor; defeito nele há; não se chegará para oferecer o pão do seu Deus.”( Lev. 21:18-21)

Keifa nesse ato não fazia algo que era novidade. Existiram outros episódios similares na historia. No ano 40 aC, Hyrcanus II teve sua orelha cortada pelo persa   Antigonus que era um candidato ao sacerdócio. Durante o reinado de Herodes
isso ocorreu mais de uma vez e, Flavio Josephus menciona isso em suas historias. A Mishnah da detalhes desta pratica, dizendo em verdade o lobulo da orelha era a parte cortada.

Kal-ve-chomer

“Se o seu olho direito o fizer pecar, arranque-o e lance-o fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ser todo ele lançado no inferno.  E, se a sua mão direita o fizer pecar, corte-a e lance-a fora. É melhor perder uma parte do seu corpo do que ir todo ele para o inferno.” (Mat. 5: 29, 30)

Este verso que aparentemente sugere algo muito absurdo, quando, retirado do contexto judaico, mostra-se como um dos ensinos mais comuns nos dias de Yeshua, um método conhecido como Kal-ve-omer, “leve e pesado”.

O metodo utilizado retrata estágios do pecado, o primeiro como um status de pecado leve e o segundo como sendo pesado. (Mat. 23: 23)


O propósito por trás disso era prevenção de que um erro atingisse um estagio mais abrangente. Palavras ou situações similares podem ser encontradas em literaturas judaicas em que frases como: “A mao que promove abuso entre os homens, permita que seja cortada,” faz referencia ou sugere o paralisar de um ato em seu estagio inicial antes que atinja outro estagio mais “pesado”,mas nunca obvio o cortar literal da mao ou mãos.

Enterro Secundario

“E outro de seus discípulos lhe disse: Senhor, permite-me que primeiramente vá sepultar meu pai. Jesus, porém, disse-lhe: Segue-me, e deixa os mortos sepultar os seus mortos.” (Mateus 8:21-22)

Antes de dar seguimento para um possível ministério um homem pede a Yeshua que permita-lhe sepultar o próprio pai. A aparente negativa ao pedido deste homem não fere o direito de honrar e cuidar dos pais e sim referencia uma tradição judaica que se violada contraria a Escritura.

A tradição requer que a pessoa morta seja colocada na sepultura no mesmo dia. (Deut. 21: 22, 23; Joao 19:31; Atos 5: 6- 10). Este seria o primeiro sepultamento.

A família então observava um período de sete dias de luto chamado shivah dentro do qual não se permitia sair de casa. Depois que o morto era colocado no sepulcro, ali era deixado para decompor-se. O Talmud de Jerusalem diz: “Quando a carne já estava decomposta, os ossos eram coletados e armazenados em pequenos baús chamados ossuários. Depois que a carne não existisse cobrindo os ossos, os ossos eram colocados ns ossuários e cessava-se o luto.

Esta transferência dos ossos para o ossuário era conhecida como segundo sepultamento. Isso era feito pelo filho mais velho que levava os ossos para cidade de Jerusalem ou para um ossuário da família, onde ficava junto dos ossos dos seus antecessores. Esta pratica se tornou comum no primeiro século, mas tinha um conceito não escrituristico que de aparentemente não era aprovado por Yeshua.

A desaprovação de Yeshua provavelmente aconteceu porque se apregoava que que um corpo em decomposição entre o sepultamento e a coleta dos ossos expiava os pecados da pessoa morta.

No segundo sepultamento o filho poderia alegrar-se quando visse os ossos de seu pai ao lado dos ancestrais, porque somente após a carne pecaminosa não existir ‘e que os ossos poderiam estar ao lado dos deles.

Yeshua não estava tirando o direito do filho de cumprir o quinto mandamento, mas se mostrou contra a ideia de que o segundo sepultamento pudesse expiar pecados. Alguns sugerem que este fato ocorreu perto da festa dos tabernaculos porque Yeshua e seus discípulos estavam curando em Jerusalem e esta seria uma boa ocasião para transportar os ossos de seu pai para a cidade santa.


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