A
sinagoga e sua influencia na estrutura organizacional da Igreja
“Acautelai-vos, porém, dos homens; porque eles vos
entregarão aos sinédrios, e vos açoitarão nas suas sinagogas;
E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios.” (Mat. 10: 17, 18)
E sereis até conduzidos à presença dos governadores, e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho a eles, e aos gentios.” (Mat. 10: 17, 18)
A “igreja” permaneceu como parte do judaísmo do
primeiro século e os judeus, sabemos, não foram completamente removidos de
Jerusalem ate a entrada do século segundo. A facção ou divergência dentro da
sinagoga viria a promover ações punitivas aos judeus que fossem levados a uma
postura diferente do aprendizado judaico.
O termo “sinedrio” vem do hebreu “sanhedrin”
que significa “assembleia sentada” e, assembleia por sua vez era um grupo de juízes
de se fazia mandatório existir em cada cidade. Eles se reuniam com
regularidade, exceto nos dias festivos e shabatot.
A estrutura da sinagoga local foi levada diretamente
para dentro da estrutura da igreja primitiva. O presidente, diácono, líder cantor,
e instrutores podem ser observados tanto nas sinagogas quanto na igreja
primitiva.
O presidente ou nasi era o principal líder de uma
sinagoga e na igreja o principal líder era chamado de presidente ate por volta
do ano 150 dC, assim como por historiadores. Na sinagoga três lideres se reuniam
para formar um tribunal para julgar temas relativos a dinheiro, imoralidade, admissão
de prosélitos, imposição de mãos, entre outros mencionados na Mishnah. A Mishná, também conhecida como Mixná ou Mixna (em hebraico משנה, "repetição", do verbo שנה, ''shanah, "estudar e revisar") é uma das principais
obras do judaísmo rabínico, e a primeira grande redação na forma escrita da tradição oral judaica,
chamada a Torá Oral.
“E eis que chegou um homem de nome Jairo, que era
príncipe da sinagoga; e, prostrando-se aos pés de Jesus, rogava-lhe que
entrasse em sua casa;” (Luc.8: 41)
Em Corinto esta pratica estava em uso conforme se vê:
“Ousa algum de vós, tendo algum
negócio contra outro, ir a juízo perante os injustos, e não perante os santos?
Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” (I Cor. 6: 1, 2)
Documentos como o Didaque, obra pequena de dezesseis capítulos e com reconhecido valor teologico/historico tratando do catecismo cristão afirma que as igrejas da Asia Menor e Grecia tratavam a igreja de Jerusalem com o mesmo nível de autoridade das sinagogas direcionadas pelo sanhedrin.
Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo? Ora, se o mundo deve ser julgado por vós, sois porventura indignos de julgar as coisas mínimas?” (I Cor. 6: 1, 2)
Documentos como o Didaque, obra pequena de dezesseis capítulos e com reconhecido valor teologico/historico tratando do catecismo cristão afirma que as igrejas da Asia Menor e Grecia tratavam a igreja de Jerusalem com o mesmo nível de autoridade das sinagogas direcionadas pelo sanhedrin.
Tambem temos
o chazan, um ministro publico da sinagoga que orava e supervisionava a leitura
da lei entre outras tarefas. Não lia a Torah mas colocava-se ao lado de quem a
lia para corrigir e supervisionar, de forma que fosse tudo apropriado. Este
selecionava 7 leitores a cada semana que eram pessoas bem preparadas nas
escritas hebraicas. Este grupo era composto de sacerdote, levita e mais 5
israelitas.
“E, chegando
a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado, segundo o seu costume, na
sinagoga, e levantou-se para ler.” (Luc. 4: 16)
Os termos “supervisor”,
“anjo” da igreja e ministro da sinagoga todos referem-se a mesma posição.
Tambem havia
três homens conhecidos como “parnasin” que cuidavam dos pobres, distribuíam esmolas
e eram tidos como estudiosos das escrituras. Tambem eram conhecidos como “gabbay
tzedakah” pela função que exerciam que seria aquela que conhecemos como “diácono”.
“Escolhei,
pois, irmãos, dentre vós, sete homens de boa reputação, cheios do Espírito
Santo e de sabedoria, aos quais constituamos sobre este importante negócio.”
Alguns
estudiosos atribuem esta escolha acima ao que já existia previamente
normatizado na estrutura da organização na sinagoga.
Uma outra função
existente na sinagoga primitiva era o “shaliach”, ou anunciador. Deste ponto
derivamos a palavra “apostolo” como significando aquele que ‘e enviado para
anunciar as boas novas, o equivalente de hoje o que chamamos de missionários. Tambem
existia o”maggid”, um evangelista migratório que falava para varias congregações.
Adicionalmente o “batlan” era um professor estudioso que trabalhava
independentemente ou com algum tipo de suporte. Cada congregação necessitava de
pelo menos 10 batlan para cada 120 membros. Ate uma tradição existia de que o serviço
na sinagoga não começava na ausência destes 10 homens.
Temos o zaken, que significa “velho”, mais no sentido de maturidade em idade. Este
provia conselhos para comunidade e equivalia ao que hoje se chama de pastor ou ancião.
No judaísmo, aquels que atingiam a idade de 40 anos eram considerados como quem
atingia o entendimento e os acima de 50 anos eram considerados dignos de
aconselhar aos jovens.
O rabino
carregava a responsabilidade de exortar e edificar as pessoas, como papel de um
profeta como aqueles pos exílio do judaísmo.
“Mas o que
profetiza fala aos homens, para edificação, exortação e consolação.” (I Cor.
14:3)
O “meturgan” era a pessoa hábil em idiomas e isso já remonta o tempo de Ezra quando o interprete cumpria seu papel. O talmud fala do papel do interprete na sinagoga.
O “meturgan” era a pessoa hábil em idiomas e isso já remonta o tempo de Ezra quando o interprete cumpria seu papel. O talmud fala do papel do interprete na sinagoga.
“O que vos
digo em trevas dizei-o em luz; e o que escutais ao ouvido pregai-o sobre os
telhados.”
Para estudiosos
e familiares com o sistema de estudo na sinagoga isso era bem entendido, onde o
professor falava aos ouvidos do interprete e este transmitia a outro de fora e
de dentro.
Amei este site. Estou estudando-o. Acho uma pena que não seja atualizado há bastante tempo. Gostaria de discutir com o sr. alguns assuntos aos quais acabei ficando em dúvida, como faço para entrar em contato? Obrigado.
ResponderExcluirAmei este site. Estou estudando-o. Acho uma pena que não seja atualizado há bastante tempo. Gostaria de discutir com o sr. alguns assuntos aos quais acabei ficando em dúvida, como faço para entrar em contato? Obrigado.
ResponderExcluirPerdoe Victor..por falta de tempo habil acabei por deixar de publicar um tempo. Pode me escrever contando mais de voce e sera um prazer atende-lo assim que possivel. Meu email: lembrar@hotmail.com
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