segunda-feira, 14 de abril de 2014

Nomes da Igreja Primitiva



OS NOMES HEBRAICOS DA IGREJA PRIMITIVA

Os cinquenta anciãos da Igreja primitiva de Jerusalem eram judeus, mas não apenas isso, porem da mesma forma nomes aplicados a Igreja também eram judaicos.

O termo “Minim” significando “hereges” em hebraico era usado por alguns na comunidade judaica para direcionar aos novos crentes.

Então Félix, havendo ouvido estas coisas, lhes pôs dilação, dizendo: Havendo-me informado melhor deste Caminho, quando o tribuno Lísias tiver descido, então tomarei inteiro conhecimento dos vossos negócios. (Atos 24: 22)

Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do Senhor; endireitai no ermo vereda a nosso Deus. 
(Isa. 40: 3)


 “O Caminho”, termo usado em Atos 24:14, 22 era um termo “messiânico”  tomado de passagens como Isaias 40:2,3  que fala da preparação do “caminho do Senhor”.
Os “Nazoraioi” faz referencia ao grego para “Nazarenos” (Atos 24:5) e obviamente ‘e derivado da cidade judaica onde morou Yeshua.

Temos achado que este homem é uma peste, e promotor de sedições entre todos os judeus, por todo o mundo; e o principal defensor da seita dos nazarenos; (Atos 24: 5)


O  termo “messiânicos” deriva diretamente da palavra “Messias”. A historia de Epiphanius afirma que antes os crentes eram chamados “cristãos” e por um curto período foram conhecidos por “lessaioi” provavelmente com origem no nome “Yeshua”, um nome saturado com a ideia de “salvação”. Cada um destes nomes tem um fundo hebraico and tem relação bem próxima com textos do chamado Antigo Testamento.

O termo “cristão” não vem do da palavra hebraica para “o ungido” mas sim de uma origem grega e não era usada pela Igreja primitiva. A palavra “cristão” era utilizado como titulo gentio para os crentes de Antioquia já alguns 45 anos decorridos na era do primeiro século.
E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos. (Atos 11: 26)

O verso acima sugere que o nome era cunho dos que estavam fora da Igreja, provavelmente para diferenciar os discípulos de Yeshua dos gentios não convertidos, assim como de outros ramos do judaísmo.

Não existe evidencia de que este nome tenha sido usado por longo período como designação individual na Igreja primitiva, uma vez que este termo aparece apenas três vezes no Novo Testamento e tenha sido aplicado uma única vez  por um crente.

E disse Agripa a Paulo: Por pouco me queres persuadir a que me faça cristão! (Atos 26: 28)

Vale lembrar que Agripa era um rei da Judeia e neto de Herodes, o que nos direciona a entender que o termo, como dito, era aplicado a quem estava fora da Igreja e ainda para diferenciar os naturais de um gentio convertido.

Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte. (I Pe. 4: 16)

A palavra “cristão” não aparece com consistência como designação individual ate o Didaque, e mais tarde foi usada por Ignatius no fim do primeiro século ou principio do segundo século. A explicação do não uso deste termo pode ser explicado mediante uma carta do governador  Pliny, o jovem, para o imperador Trajan por volta do ano 112dC. A carta explica que aqueles identificados com este nome deveriam ser mortos. (David Freedman, “Pliny Letters 10:96, Anchor Bible Dictionary, Vol. I, pag. 926)

Examinando as raizes judaicas da Igreja e’  importante diferenciar entre cristãos hebreus, assim como os Nazarenos e Messianicos e os Ebionitas com seus traços judaizantes, os quais eram ativos dentro do primeiro século. A Igreja Primitiva Judaica era formada por aqueles que criam na justificação pela fe’  e pelos que  aplicavam as tradições que o legalismo envolvia.

Embora os  judeus fieis continuassem a guardar o Shabat e varias leis que os diferenciavam dos não judeus, estritamente  como um código de identidade, eles não requeriam isso dos não judeus convertidos. Esta identidade de judeu não se relacionava a salvação e sim para identifica-los e lembra-los do eterno Concerto com Deus como povo escolhido. O concerto os fazia lembrar que eram guardiões da Terra Santa e estavam em compromisso de obedecer e guardar a Lei.

Naquele mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo:  tua descendência tenho dado esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates; (Gen. 15:18)

Porque povo santo és ao Senhor teu Deus; o Senhor teu Deus te escolheu, para que lhe fosses o seu povo especial, de todos os povos que há sobre a terra. (Deut. 7:6)

E deu-lhes as terras dos gentios; e herdaram o trabalho dos povos; para que guardassem os seus preceitos, e observassem as suas leis. Louvai ao Senhor. (Salm. 105: 44,45)

E, passando eu junto de ti, vi-te a revolver-te no teu sangue, e disse-te: Ainda que estejas no teu sangue, vive; sim, disse-te: Ainda que estejas no teu sangue, vive. (Ezeq. 16: 6)

Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão?
Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhe foram confiadas. (Rom. 3: 1, 2)

Depois de uma investigação da Escritura em relação a Israel, parece que o status do povo escolhido não era privilegio de premiação, mas sim porque o povo de Israel podia ser confiável para preservar a Lei de Deus.

Para que guardassem os seus preceitos, e observassem as suas leis. Louvai ao Senhor. (Salmos 105: 45)

Embora cerca de 170 das 613 leis da Torah se apliquem a questões morais e éticas, poucos cristãos as reconhecem como parte da teologia moderna e tem permanecido sob a responsabilidade do povo judeu preservar este aspecto da lei de Deus ate o momento presente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário